Manual Pedag edagógico ógico PRO PRO N AC I “ Méto dos e Tempos” Tempos” Ela labor bor açã ção: o: Exert us us,, Lda Lda.. Eur is isko ko – Estudos, Estudos, Pro jectos e C onsultor ia ia,, S.A. PRO N AC I – Programa N ac acional ional de Q ua ualifi lifica caçã çãoo de C hefi hefias as Inter médias A EP – Associaçã Associaçãoo Empr es esarial arial de Por tu ga gall Março de 2003 Tir ag agem: em: 1000 exempla exemplares res D epósi epósito to Lega Legal: 195303/03 ISBN IS BN : 972-8702-15-9 Esta publicação é propriedade da AEP – Associação Empresarial de Portugal. Q ua ualquer lquer repro duçã duçãoo do s seus seus conteúdos deverá deverá respeita respeitarr o disposto disposto nos ar ar tig tigos os 75º e 76º do Código dos D ireitos de Auto r e D ireitos Conexos,
Manual Pedag edagógico ógico PRO PRO N AC I “ Méto dos e Tempos” Tempos” Ela labor bor açã ção: o: Exert us us,, Lda Lda.. Eur is isko ko – Estudos, Estudos, Pro jectos e C onsultor ia ia,, S.A. PRO N AC I – Programa N ac acional ional de Q ua ualifi lifica caçã çãoo de C hefi hefias as Inter médias A EP – Associaçã Associaçãoo Empr es esarial arial de Por tu ga gall Março de 2003 Tir ag agem: em: 1000 exempla exemplares res D epósi epósito to Lega Legal: 195303/03 ISBN IS BN : 972-8702-15-9 Esta publicação é propriedade da AEP – Associação Empresarial de Portugal. Q ua ualquer lquer repro duçã duçãoo do s seus seus conteúdos deverá deverá respeita respeitarr o disposto disposto nos ar ar tig tigos os 75º e 76º do Código dos D ireitos de Auto r e D ireitos Conexos,
ÍNDICE Página 3 1 - Introdução 1.1 - Evolução histórica do Estudo dos Métodos e Tempos - Definição do Método - Selecção do objecto de estudo Página 8 2 - Estudo dos Métodos 2.1 - O rient ações para as as observações 2.22 - C om o r eg 2. egis istar tar os dados 2.3 - Es Esquem quem atizaçã atizaçãoo 2.4 - Q uantifi uantifica cação ção ou m ediçã ediçãoo 2.5 - Gráficos de análise 2.5.11 - G ráfic 2.5. ráficos os de p ro ces cesso so 2.5.22 - Fl 2.5. Fluxo uxo gramas 2.5. 2. 5.33 - G ráf ráfico ico de m ovimento s 2.6 - Exemplo de aplicação Página 21 3 - Estudos dos Tempos 3.1 - D efi efiniçã niçãoo 3.2 - D ivis ivisão ão de t arefas 3.3 - Registo Registo do s dados relevantes relevantes 3.44 - D ecompo siçã 3. içãoo da operação operação ou activi ctividade dade em elemento s 3.5 - Cronometragem 3.5.11 - Equi 3.5. Equipament pament o de base 3.5. 3. 5.22 - Tipos de crono met rag ragem em 3.5.3 - Julga Julgam m ent o da actividade 3.5.3.1 3.5. 3.1 - Intr od ução 3.5.3.2 - Actividade de referência e rendimento normal 3.5.3.3 3.5. 3.3 - T ipos de técnica técnicass de avalia avaliaçã çãoo do desempenho do execeutante 3.5.3.44 - Es 3.5.3. Escala calass de avali valiaçã açãoo do desem penh o 3.5.3.5 - Como empregar o factor de actividade,FA 3.5. 3. 5.3. 3.66 - O tem po nor mali maliza zado do 3.5.44 - Precis 3.5. Precisão ão da amo stra
3.5. 3. 5.55 - C or recções recções,, com plementos ou co ef efici icientes entes 3.5. 3. 5.5. 5.11 - C om o empr eg egar ar as cor recções 3.66 - A mo str ag 3. agem em do tr aba balho lho – M étodo das O bs bservações ervações Ins Instantâ tantânea neass 2.6.11 - Intr od ução 2.6. 2.6.2 - Utilização da técnica 2.6.33 - C ál 2.6. álculo culo da pr ecis ecisão ão da amo stra 2.6. 2. 6.44 - Resumo Resumo dos pro cedi cedimento mento s 2.6.5 - Exem plo s de aplicação aplicação
1 - Introdução
1.1 - Evolução histórica do Estudo dos Métodos e Tempos O s as asssunto s que iremo s tr ata atarr neste manual manual não não po dem ser considerados, considerados, de nenhuma for for m a, com o um a novidade pa para ra a indústrtr ia (qua indús (qualquer lquer que seja seja o secto secto r). O s precursores destes destes méto dos foram Fra Frank nk B. G ilbreth e a sua sua esposa esposa Lill Lillia iann M . G ilbreth, que já em 1885 se preocupava preocupavam m com es este te ass assunto. Mais tarde, no fim do sécu éculo lo X IX e iníci inícioo do século século X X , F.W . Tayl ylor, or, um engenhei eng enheiro ro am erica ericano no que t raba rabalha lhava va na indústria indústria extr ac activa tiva (minas) (minas) e se tor nou cél célebre ebre po r ter adoptado a divisão divisão do tr abal balho ho em tarefa tarefass element element ares repetitivas,t repetitivas,t ambém se questiono questiono u sobre es estes tes ass assunto unto s,com o objectivo de responder a duas duas perguntas perguntas básica bás icas,que s,que co mo contr ames amestrtr e (encarr (encarr eg egado) ado) e m ai aiss tarde tarde co m o mestre (dir ector ) se questionava questionava:: • Q ua uall a melhor maneira de executar executar es esta ta tarefa? tarefa? • Q ual ual deverá deverá ser ser o tr aba abalho lho diário a executar executar por ca cada da operário para optim iza izarr o tr aba abalho lho do grupo ? A ctual ctualm m ente, es este te conjunto d e preocupações preocupações mantém-se, envolv envolvendo endo não apena apenass o tr abal balho ho hum ano mas também o binóm io hom em/m áqui áquina, na, numa constante busca busca de melhoria, que se traduz no aumento da eficá eficácia cia e da produt ivi ividade dade dos sis sistem tem as industriais. Este manual procurará dotar cada formando com as ferramentas necessárias para responder ao conjunto de questões que o seu dia-a-dia profissional coloca,nomeadamente: • Como aumentar a produção sem envolver mais recursos? • Como reduzir o esforço de cada trabalhador? • Como fixar objectivos em termos de cadências e tempos por operação?
- Definição do Método - Selecção do objecto de estudo Uma correcta definição dos métodos de trabalho e fixação dos tempos para a execução para cada operação ou ac tividade, embora seja uma preocupação de todos os dias,não será com certeza a única tarefa ou responsabilidade com que uma chefia se depara no seu dia-a dia-a-dia. -dia. C om o gesto gesto res de ho m ens e de pro cess cessos, os, é indispensá indispensável vel que as as chefia chefiass adopt em cr itér ios objectivo s que perm itam selecciona seleccionarr e hierarquizar hierarquizar,, em funçã funçãoo da sua sua criativida criatividade, de, os pro blemas que constantemente surg surgem. em. D e acor acor do co m este princípio, princípio, de não não t ratar cada cada problema “ por or dem de chegada”, chegada”, mas em função função de crit érios selec selectivos, tivos, devem deve m os começar por selecciona seleccionarr o O bjec bjecto to a Estuda Estudarr o u o O bjecto do Estudo Estudo (o peraçã peração, o, tarefa tarefa,, ou po sto ).
EMPRESA
EMPRESA
EMPRESA
D evemo s começar po r investir em o bjectos cujo funcionamento tenha uma maior influência, ou uma influência m ais relevante, sobre as variáveis operacionais da nossa área de responsabilidade. Estas variáveis são as que afectam directamente a produção e têm a ver com: - Pro dução - Paragens - Retrabalho ou rew or ks - Rejeições/defeitos/falhas e não conformidades - O perações sem valor acrescentado Apresenta-se de seguida um conjunto de indicadores que poderão ajudar-nos a decidir qual o objecto que será alvo da no ssa intervenção. O s indicador es apresentados estão dividido s em duas grandes categor ias, de m od o a facilitar a selecção d o cr itér io m ais indicado a cada situação que pretendemos aplicar: a) Cr itérios pr odut ivos de selecção b) O utr os critér ios de selecção a) Critérios produtivos de selecção A selecção do critér io de pro dução será sempr e função do tipo de pr oblema com que nos defro ntamo s. Todavia, é vulgar utilizarem-se m edidas de quantidade e de cadência: • Se estam os perante uma linha,um a célula ou mesmo um a máquina com pro dução no rm alizada (um único pro duto ou um m ix de produtos bem definido),usam-se,normalmente,critérios de produção periódica (diária,semanal,etc.). • Se estam os perante m áquinas ou secções sujeito s à pro dução de m últiplo s pro dut os em pequen as séries, de que resultam sistem as fabris pouco balanceados e co m “ gargalos” (prod ução acumulada num det erm inado posto de tr abalho), a melhor opção será a cadência de produção,uma vez que permite a comparação directa das diversas tarefas e/ou postos envolvidos. Produção periódica O s critér ios de pr odução em quantidade são os m ais usuais em qualquer o rganização. São exem plo: • N úm ero de unidades: dia ou semana • Toneladas: dia ou semana • Metros lineares ou metros quadrados:dia ou semana O s dados para determ inação destes indicadores podem ser pro venientes de: • Históricos:calculados a partir das quantidades produzidas de um determinado produto num dado período de tempo. • Estimados: calculados a partir de um standard atribuído (por exemplo,pelo departamento técnico,para o cálculo do custo do produto).
Cadência de produção A noção de cadência refere-se à quantidade realizada por unidade de tempo. Podemos ter cadências: • Horárias • Por minuto • O u por segundo A fór mula geral de cálculo é: Unidades_Produzidas Unidade_de_Tempo
Exemplo U m a determ inada fábrica que tr abalha 8 ho ras por dia tem um a produção diária de 300 carr os. A sua cadência horária é: 300 / (horas de trabalho),ou seja,300/8 = 37,5 carros por hora A sua cadência por minuto é: 300 / (minutos trabalhados = número horas X 60 minutos),ou seja 300 / (8 X 60) = 300 / 480 = 0,625 carros por minu to. A cadência é um do s valor es calculados a part ir do s indicador es de quantidade de pro dução, em bo r a m uitas vezes o inverso tam bém seja verdade, ou seja, po dem os calcular a pro dução de um a m áquina a part ir das cadências do s pro dut os que se prevê produzir nessa máquina num determinado período de tempo. A cadência de pro dução é um dado, muitas vezes, fornecido pelos fabricantes de equipamento s. O indicador de cadência é par ticularm ente útil quando tem os um pro blema, pelo m enos aparente, de falta de balanceament o (desequilíbrio) de um a linha de pro dução, isto é, quando o t rabalho se acumula, sistem aticamente, numa deter m inada fase de fabrico.
Tempo de paragens (como se identificam e calculam) Motivo Paragens por avaria de equipamento
Descrição D efinem-se como o tem po que decor re entre o mo mento em que um equipamento é imobilizado devido a uma disfunção e o momento em que o equipamento é dado como disponível para operar,depois de realizados os testes de aptidão correspondentes.
D efinem-se como o tem po que decor re entre o mo mento em que um equipamento é imo bilizado devido a uma avaria na ferramenta e o m om ento em que o equipam ento é Paragens por avaria de ferramenta dado co mo disponível para operar, depois de substituída e testada a ferr amenta mo ntada com o substituição.
Paragens para manutenção programada
D efinem-se como o tem po que decor re entre o mo mento em que um equipamento é imobilizado para realização de uma intervenção de manutenção programada e o momento em que o equipamento é dado como disponível para operar.
Paragens para limpezas e manutenção de 1º nível
C or responde ao t empo concedido para a realização de limpezas e oper ações de m anutenção a cargo do oper ador.
Paragens por m udanças de fabrico
Correspondem ao tempo de paragem para mudança de fabrico.Incluem os tempos de paragem da máquina para a mudança,regulações e testes.
Paragens para afinações e regulações
Compreendem os tempos de paragem necessários para a realização das regulações e afinações exigidas pelos equipamentos e pelos critérios de qualidade,relacionados com a conformidade dos produtos (tolerâncias e capacidade dos processos).
Microparagens
São to dos os tem pos que resultam de encr avam entos, desimpedim entos, desajustam entos e desalinhament os.A sua medição é quase impo ssível. N or malmente, são d etectados através das degradações que provocam nas cadências.
Paragens por falta de energia e fluidos
Compreendem os tempos de paragem dos equipamentos motivados por cortes de ener gia e fluidos.
Paragens relacionadas com pro blemas de planeament o d e m ercado ou absentismo
Par agens por falta de m ateriais ❑ Par agens por falta de t r abalho ❑ Paragens por falta de operador ❑
A forma mais correcta de efectuar o levantamento destes tempos é proceder a um levantamento das diferentes p aragens e calcular o seu peso o tempo total de trabalho,recorrendo à fórmula: Soma_paragens Tempo_trabalhado
b) Outros critérios a considerar Rejeições (falta de qualidade) Regista problemas de qualidade devido a defeitos por falhas e não conformidades. Retrabalho (R e w o r k ) C om preend e t od as as op erações r ealizadas par a recuper ação das falhas e não confo rm idades detectadas, seja pela qualidade seja em regime de autocont rolo, pelo pr óprio operador. Operações sem valor acrescentado Compreende todas as operações realizadas que não acrescentem valor ao produto (todas as operações que não alter am ou transformam o produto).São exemplo,todas as operações de movimentação.
2 - Estudo dos Métodos A m eto do logia de base a seguir para se executar um Estud o d e M éto do s assenta na realização de quatr o actividades,que dever ão ser cumpridas com rigor para que o resultado final seja fiável e se evite a perda de oportunidades de melhoria resultant es de um a má aplicação.A s quatro fases são: 1. O bservação 2. Recolha/registo de dados e inform ações 3.Análise crítica 4. Proposta de novos método s ou opo rt unidades de melhoria
2.1 Orientações para as observações A observação pode ser feita por visualização, entrevista ou por experim entação directa da tarefa ou o peração em análise. Existe um conjunto de infor m ações que devem, obr igator iament e, ser o bservadas e recolhidas para poster ior tr atam ento, quando se pretende estudar um método. Esta fase é de vital impor tância. D eve pro ceder-se ao registo de tud o o que se considerar que po de vir a ser út il. O que for desperdiçado poderá vir a ocasionar perdas irreparáveis na fase de análise crítica e de eventuais oportunidades de melhor ia. Assim, sugerem-se as filmagens como método de recolha, por serem o método de recolha mais rico quanto a informação,uma vez que permite uma análise cuidada a posteriori . Existem alguns cuidados a ter quando se procede a uma análise do trabalho,quer seja com recurso a filmagens quer com outro méto do qualquer,no meadamente: Recomendações ao agente/encarregado de estudo de Métodos (AEM) • N o início da recolha de dados para o Estudo de M étod os, o A EM deve ser apresentado pela chefia directa aos trabalhador es em questão. N unca se deve iniciar o estudo sem explicar os objectivos aos inter venientes; • Pedir sempre a opinião da chefia directa sobre a escolha dos tr abalhos a estudar, dos tr abalhador es a observar e sobr e qualquer questão técnica que diga respeito à fabricação; • N unca dar uma ordem directa a um t rabalhador ; • Se os trabalhadores levantarem questões que exijam decisão fora do dom ínio t écnico do AEM , devem ser enviados à chefia directa; • N unca confiar a um tr abalhador uma o pinião que possa ser con sider ada crítica para a chefia direct a; • N unca deixar os tr abalhador es utilizarem a sua posição para desautor izar a chefia directa, ou para obter uma m odificação das suas decisões com que não concordem.
Cuidados a ter na realização das filmagens • Embo ra os por meno res sejam im por tantes, deve-se ter em ment e que o objectivo é a análise do m étod o, pelo que se devem preferir planos mais abrangentes,que permitam identificar as diversas movimentações,assim como as condições de trabalho no equipamento. • A utilização de planos superiores (acima da altura do solo),desde que possível,é preferível. • C olocar a câmara de vídeo num local que não crie constrangiment os para os operador es do equipam ento. • Ter em consider ação to das as questõ es de segur ança. • Filmar sem pre o início e o fim d as diversas tarefas, de for m a a que na análise seja possível deter m inar a sua dur ação. • Se a operação for realizada por m ais do que um o perador, deve-se ter o cuidado de efectuar o pont o anterio rm ente descrito para cada operador. • N unca esquecer d e ano tar t od as as causas que se con siderem assinaláveis. Estes apo ntam ento s serão m uito imp or tantes na análise posterior,com o por exemplo: - a hor a de início do estudo ; - paragens imprevistas; - avarias; - outro s. C om o se vê, tr ata-se apenas de regras de tacto e de bom senso. Quadro-síntese de questões a formular para uma observação O que é que está a ser realizado ? 1. O bjecto (tarefa ou operação)
Por que é que tem de ser feito? Existe alternativa ao que está a ser feito? O que poder ia ser feito em alternativa? O nde está a ser realizado ?
2.Local
Porque está a ser feito nesse local? Existe um lugar alternativo? O nde deveria ser feito em alter nativa? Q uando está a ser realizado?
3.Sequência
Porque está a ser feito nessa sequência? Existe momento alternativo? Q uando é que poder ia ser feito em alter nativa? Q uem está a realizar ?
4.Executante
Porquê? Existe outra pessoa que o pudesse realizar como alternativa? Q uem deve fazer com o alternativa? C om o está a ser realizado?
5. Meios / recursos
Porque está a ser usado esse pro cesso? Q ue pro cesso alter nativo po deria ser usado? C om o d everia ser feito ut ilizando um pro cesso alternativo?
2.2 - Como registar os dados A recolha dos dados deverá ser r ealizada o m ais perto possível da fonte, devendo recor rer-se ao t ratamento e sistematização da ob servação atr avés da utilização de folhas de registo de obser vações, diversos tipo s de gr áficos ou sinópt icos, que melho r se adequem a cada situação dos quais se destacam: • Gráficos de processo • Esquemas de movimentação e deslocação • Lay-outs do posto de trabalho O registo da inform ação poder á incluir a Medição do s Tempo s requeridos para a execução de cada oper ação e/ou t arefa,de m odo a permitir a quantificação: – do s t em po s pr o dut iv o s e não pr o dut iv o s; – da o cu pação do s m ei o s; – da ve lo cid ad e de execu ção . Funciona como uma ferramenta essencial para a realização da análise crítica e para uma futura sistematização do método alternativo.
2.3 - Esquematização
Como se separam as tarefas e que tipos de gráficos se adequam a cada situação A esquematização perm ite o registo do mét odo de análise de um a for ma gráfica e com pacta, o que é útil para a sua posterior análise. Existem vários esquem as gráficos para repr esentar a grande maior ia do s pro blem as que surgem em qu alquer o rganização. N o entanto , irem os abord ar apenas dois tipo s para análise do pr ocesso (gráficos de pro cesso e fluxo gramas) e um específico para análise das movimentações (gráfico de movimentos). A s metodo logias de construção serão abordadas numa fase posterior do manual. N este m om ento, será mais impor tante identificar em que situações se deve utilizar cada um de tipos de esquemas anteriormente referidos.
Utilização Tipo de gráfico
Área de aplicação Processo de fabrico
Fluxograma
Gráfico de processo
Parte específica de um método Parte específica de um método
Exemplos de utilização Produtos:apresentando todo o processo/método de transformação do produto A nalisar as moviment ações dos pro duto s dentro das secções Se o objectivo é analisar as operações realizadas. Para analisar as tarefas e movimentações no posto de trabalho e para avaliar a eficiência do posto de trabalho.
Uma operação
Gráfico de movimentos Movimentações
• Para analisar as movimentações do operador durante o dia; • Para analisar as movimentações dos operadores no posto de trabalho com o objectivo de rever o lay-out .
Separação das tarefas A separação das tarefas constitui a base para a elaboração tanto dos gráficos de processo como dos fluxogramas. Propomos a utilização de um esquema de divisão simples,ao qual associaremos o grafismo correspondente: Símbolo
Tipo
Descrição
O peração
Uma operação existe quando um objecto é modificado intencionalmente numa ou m ais das suas características. A oper ação é no r m alment e realizada num po sto de trabalho.
Transporte
U m tr anspor te ocor re quando um objecto é deslocado de um lugar para outr o, excepto quando o movimento faz parte de uma operação ou inspecção.
Inspecção
U ma inspecção o cor re quando um objecto é examinado para identificação o u com parado com um padrão de quantidade ou qualidade.
Espera
U ma espera oco rr e quando a execução d a próx ima oper ação planeada não é efectuada (por exemplo: tem po de secagem da cola; espera de m ateriais em falta).
Armazenagem
U m arm azenamento ocorr e quando um objecto é mantido sob contr olo, e a sua movimentação requer uma autorização (por exemplo:material em armazém; stock intermédio que necessita de uma ordem de trabalho para ser movimentado).
2.4 - Quantificação ou medição N ão devemo s esquecer-nos que, após ou em simultâneo, com o r egisto do levantamento e divisão do tr abalho em elem entos de tr abalho, dever-se-á pro ceder à determ inação d os tem pos corr espondent es, com o factor determ inante para a realização de um a análise crítica. N o caso d e se pretender apenas identificar a for m a como um a determ inada operação é realizada, poder emo s efectuar um a medição grosseira dos tempo s envolvidos na realização de cada uma das etapas, recor rendo a um cro nóm etro, ou atr avés da cont abilização do t em po no vídeo (caso se tenha realizado um a filmagem co m o base para a análise do m éto do ). O s tem po s assim reco lhidos não são r epresentativo s, m as constit uirão um a boa base de análise par a o peso que cada etapa tem na realização de uma deter m inada operação. A pó s a recolha e esquematização do s dados e quantificação do s tem po s, passam os à fase da análise. D epois de estabelecido o mét odo de tr abalho ut ilizado, deve-se realizar a análise, à luz dos critérios de Estudo d os M étodo s.Este tr abalho deve ser feito em equipa pelo AEM e pelas chefias directas, de m odo a perm itir um a unifor m ização tanto da term inologia utilizada como dos critérios de classificação das operações,e deverá incluir toda a informação necessária,nomeadamente: • Uma descrição das diferentes tarefas (nesta fase deve-se utilizar a terminologia da empresa) indicando o Tipo de:operação; transporte;inspecção;espera;armazenagem; • A duração de cada tarefa; • O operador que realizou a tarefa (se for m ais que um o perador,po de-se utilizar a term inologia; O perador 1, O perador 2, etc.); • Classificação das tarefas: - Tarefa essencial:tem que se realizar para cumprir o objectivo; - Tarefa redundante: quando o objectivo da operação se repete, por exemplo, lubrificar duas vezes um determinado componente; - Tarefa simultânea: quando m ais do que uma operação é realizada no m esmo mo mento, por exemplo, o o perador A segura a peça e o operador B solda-a; - Tarefa em paralelo: quando duas operações, não directamente relacionadas, são realizadas ao mesmo tempo, por exemplo, enquanto o o perador A pinta a Parede 1 o O perador B pinta a Parede 2; - Tarefa sem valor acrescentado: por exem plo, tr ansport ar, limpar a ferr am enta, sem necessidade técnica dur ante um processo de mudança de ferramentas. Durante a análise crítica do método devemos,para cada tarefa identificada,caracterizá-la de acordo com a seguinte informação: • Tipo: operação; tr anspor te; inspecção; espera; arm azenagem; • Pequena descrição; • Q uem r ealiza (se existir m ais que um o perador ); • O nde é executada (equipament o, célula ou linha); • Ferramentas ou dispositivos utilizados; • Tem po gasto; • Distâncias percorridas; • Classificação:essencial,redundante,simultânea,em paralelo e sem valor acrescentado; • O cor rências verificadas durante o levantam ento e m edição de tem pos.
Desta recolha,resultará um método de trabalho com a classificação das tarefas (essenciais,redundantes,simultâneas,em paralelo e o perações sem valor acrescentado), podendo -se fazer,nesta altur a,um a prim eira estim ativa de po tenciais ganhos obtido s com a eliminação das tarefas redund antes e sem valor acrescentado. D everão, ainda, ser considerados to dos os dados referentes à análise do mét odo de tr abalho ut ilizado, nom eadamente: • causas das ocorrências assinaladas durante a realização de cada tarefa; • distâncias percorridas nas movimentações; de m odo a esboçar um novo mét odo de tr abalho m ais eficiente e/ou as possibilidades de alterações ao equipament o, de m odo a reduzir tem pos e a eliminar o perações. C om o possibilidades de m elhoria m ais frequentes podem-se realçar: • alteração da sequência de realização das tarefas; • introdução de dispositivos/ferramentas que reduzam tempos; • identificação de tarefas desnecessárias; • alargamento de funções do operador (operar mais equipamentos, ou realizar tarefas paralelas ou simultâneas); • redistribuição das tarefas pelos operadores. N ão existe uma receita única. N o ent anto, nesta fase é indispensável ter o espírito aber to e colo car-se as seguintes questões: • Porquê? • Existe alter nativa? • Q ual? • Lim itações técnicas envolvidas? • Há espaço? • Q uanto custa? Com esta informação,ou com o levantamento das necessidades de informação a recolher,poderemos passar à fase de concepção de um novo método.
2.5. - Gr áficos de análise 2.5.1. - Gr áficos de processo Este gráfico serve, com o já foi dito , para analisar/r epresentar um mét odo de tr abalho ut ilizado numa deter m inada instalação, secção, ou po sto de t rabalho. Poder á, também , ser vir para analisar/representar a sequência de tarefas a que um d eterm inado objecto é sujeito durante um processo. Representação gráfica O aspecto do gr áfico de pr ocesso é o da figura abaixo.
O s prim eiros dados a preencher são os do cabeçalho, que devem ser o m ais com pletos possível, de m odo a facilitar a fase de análise. Assim,devemos preencher os campos: • G ráfico de sequência: o que estamo s a analisar, se é o executante, o m ater ial ou o equipament o; • O núm ero do gráfico: é uma numeração que devem os ter em r egisto para o arquivo; • O núm ero da folha: se for m ais que uma, indicar quantas são; • Q ual é o objectivo do estudo: se é para analisar mo vimentações, melhor ar o m étod o (reduzir tem po), melhor ar a qualidade, etc.; • O tipo de actividade que estamos a estudar : por exemplo,fabrico do mo delo X TPO para o YYY45; • Localização: por exemplo,secção de cor te, prensagem YY; quinagem X X , etc.; • O equipam ento, posto de tr abalho, célula ou linha em estudo; • O executant e analisado. Procede-se ao r egisto das oper ações, de acor do co m a divisão anterio rm ente apresentada, m arcando-se com um “ x” a coluna respectiva. D evem ser indicados os tem po s gasto s e as distâncias perco rr idas (estes valor es po dem ser aprox imado s, se não se pret ender resultados rigorosos), bem com o to das as not as e oco rr ências que se considerem impo r tantes para cada tarefa (ex.: especificações,outras). N o final da análise preenche-se o quadro d e resumo : • Conta-se cada tipo de tarefas; • Somam-se para cada tipo de tarefas os tempos e as distâncias percorridas. Sendo que, à par tida,só o perações poderão t razer valor acrescentado ao pr odut o, este gráfico per mit irá identificar e quantificar todos os restantes tipos de tarefas envolvidos. Nota: o nível de detalhe a utilizar depende do rigor que queremos utilizar na análise;assim: • A movimentação de um material dentro de uma secção:nível de detalhe por tarefa pode,por exemplo,ser: - transpor te: do m aterial até ao equipamento X , 10 metro s, 3 min; - operação: furação co m broca,5 min; - Etc. •A -
análise de uma operação num posto de trabalho:o nível tem que ser maior;por exemplo: tr ansport e: da paleta até a base da m esa, 2 m etro s,3 min; o peração: fixação da peça na mesa, 2 m in; inspecção:verificação da centralidade da peça,1 min; operação: furação co m broca,2m in; Etc.
2.5.2. - Fluxogramas A imagem seguinte apresenta uma representação de um fluxograma:
D ist ância (m et r o s)
Sím bo lo
1 3,0
2 4,5
3
Ex plicação
A bre a porta
O Z é, sentado na varanda, decide regar o jar dim . D eixa a varanda,anda 25,5 m até à por ta da garagem.Este acto é chamado transporte,pois anda de um lado para o outro. A bre a porta, é uma operação.
Vai até ao armário das ferramentas na garagem
Ele anda 3 m até ao amário para pegar no esguicho.
Ret ir a o esguicho do ar már io
Est a é um a o per ação.
Vai até à por ta t r aseira da garagem
Ele carrega o esguicho até à porta tr aseira da garagem .
A br e a po r t a
Est a é um a o per ação.
Vai até à torneira na parte de trás da garagem
Este é um transporte.
Ir até à porta da garagem
25,5
3,0
D escr ição
A separ ação das tarefas dos fluxo gramas é sem elhante à gráficos de pr ocesso. Procedimento Procede-se ao registo das oper ações, de acordo com a divisão anterior m ente apresentada (desenhando-se o sím bolo cor respon dent e), ligando-se com um a linha à tarefa seguinte (co m o apresentado na figur a), devendo-se indicar as distâncias percor ridas nos tr anspor tes (estes valores podem ser aprox imados), bem co mo os mo tivos de cada tarefa. N o final da análise preench e-se o quadr o de r esumo : • Conta-se cada tipo de tarefas; • Som am-se as distâncias perco rr idas.
Sendo que, à par tida, só as operações poder ão tr azer valor acrescentado ao pro duto, este gráfico perm itirá identificar t odo s os restantes tipos de tarefas envolvidos. Utilização de fluxogramas versus gráficos de processo
Fluxogramas Vantagens • Mais simples de realizar • Permite uma visão mais global • Exige menos informação
Desvantagens • É mais generalista • N ão perm ite um a análise tão sistem ática • N ão perm ite calcular o pot encial de ganho em ter m os de tempo
2.5.3. - Gráfico de movimentos O s gráficos de mo vimen to s servem p ara analisar as m ovim entações das pessoas, m ateriais e objecto s num a deter m inada área (espaço). Aplicação: • Análise d o lay-out de um a instalação o u secção para, por exemplo, aprox imação de postos de tr abalho co m ligações mais frequentes; • Análise das movim entações dos m ateriais para um determ inado mét odo de fabrico para reduzir m oviment ações; • Im plantação de células ou linhas. Construção: 1.Para este gráfico,necessitamos de uma planta à escala com a localização dos equipamentos e/ou postos de trabalho. 2. Para cada m oviment o identificado, tr açamo -lo na planta tantas vezes quantas ele acontecer ; identificamo s o m oviment o com um número,letra ou cor;e registamos o número de vezes que acontece. Em alternativa a traçar o mo vimento (como indicado no ponto 2 da Co nstr ução), poderemos colocar pioneses e fazer passar um fio sempr e que realizarm os um deter minado percurso. N o final do estudo, terem os uma representação visual dos percur sos efectuados com mais frequência. A ssim, para calcular o percurso t ot al realizado m edimo s o fio co nver tendo pelo factor de escala da planta. O resultado será sem elhante ao exem plo apresentado em seguida.
Este t ipo d e repr esentação perm ite-nos,com facilidade, identificar as áreas com maior frequência de mo vimentação (os percursos que fazemos m ais vezes) assim com o calcular o to tal de m oviment ações que realizamo s para um determ inado período. A partir da análise deste tipo de gráfico,podemos aferir da necessidade de proceder a algumas alterações de lay-out (disposição dos posto s de trabalho), de m odo a que as mo vimentações com maior frequência não sejam as mais longas. Em alternativa, poder emo s sempr e pro ceder à alter ação do mét odo utilizado, de m odo a reduzir a necessidade das mo vimentações registadas.
2.6 - Exemplo de aplicação Uma empresa metalomecânica utiliza um determinado método de trabalho para realizar a operação de l ustragem de uma dobradiça.Pretende-se estabelecer um novo método que permita um ganho de produtividade. A nalisemo s,ent ão, a met odo logia básica:
O bser vação
Recolha/registo de dados e infor mações
Análise crítica
Proposta de novos método ou oportunidades de melhoria
A ssim, com o vimo s anterior m ente, a primeira fase é obser var de m odo a definir a form a com o a operação é realizada. Para o efeito, dividim os no s seguintes elemento s:
C om base nesta divisão de elemento s, foram efectuadas medições por crono met ragem (cuja met odo logia será apresentada no capítulo seguinte),conforme se verifica no seguinte exemplo:
Estes dados foram então analisados,de modo a identificar claramente os diferentes elementos que constituíam a operação,tendo-se obtido a seguinte caracterização:
C om os dados obtid os efectuo u-se um a análise crítica, tend o-se concluído da possibilidade da alter ação das ferr ament as utilizadas, de m odo a realizar duas peças em simultâneo. D e seguida, foi definido um novo mét odo de tr abalho (sequência de tarefas da op eração).
Face ao aumento de cadência previsto (166 peças/hor a face às 125 peças/hor a do mét odo anter ior ), foram intro duzidas as alter ações pro postas. For am feitas novas medições, tendo -se o btido os seguintes valores com parativos:
Em síntese: C om o podem os verificar neste pequeno exemplo, que é real,o estudo dos m éto dos não é m ais que uma sistem atização d e passos de to dos o s dias, ou seja, em qualquer função somo s capazes de observar e t er capacidade cr ítica. N o entanto, a capacidade de melhorar só existe quando po demos com parar com um ponto de part ida. O estudo dos métodos consiste, assim, em ident ificar a forma como realizamos produtos, operações ou tarefas. Podem os fazê-lo sem utilizar as ferramentas apresentadas no manual. Por ventura, obt erem os resultados semelhantes, m as o esforço será muito maior.O registo no s for mato s apresentados ser ve,sobretud o, para facilitar a análise crítica. A ssim, no exemplo apresentado,a solução nasceu da análise dos tempos e do tipo de diferentes elementos que constituem a operação em estudo. A o bservação necessária à esquematização t ambém desempenh a um papel relevante , po is per m ite identificar as diferent es variáveis e constrangimentos envolvidos na execução da operação.
3 - Estudo de Tempos 3.1 - Definição O Estudo de Tempo s, que passarem os a designar por ET, é uma técnica de medida do tr abalho que per mit e registar os tem pos e os facto res de actividade para os element os de uma dada op eração ou t arefa, executada em det erm inadas cond ições, e analisar os dados recolhidos,a fim de se obt er o tem po necessário para executar esta tarefa a um nível de rendiment o bem definido. O Estudo de Tempo s pode ser ut ilizado para a deter minação d e tem pos standard para op erações o u t arefas já sistematizadas ou com o ferr amenta de apoio ao Estudo de M étod os com o apoio à análise (factor m edição). Em t erm os genéricos, o pro cesso de Estudo de Tempo s pode ser definido pelo seguinte esquem a:
Seleccionar
Insuficiente
Medir
Avaliar
Precisão Bo a
Definir padrão
De uma forma resumida,vamos ver como se realiza cada uma das etapas: Motivo
Descrição
Seleccionar
Consiste em escolher e preparar o assunto que vamos analisar,recolher toda a informação necessária e subdividirm os em tarefas para ter m os um a análise o m ais rica possível.
Medir
Como o devemos fazer,que meios existem e que considerações devemos ter quando os utilizamos.
Avaliar a Precisão
D efinirm os o númer o suficiente de m edições que nos perm itam t er co nfiança para afirm ar que o tempo de uma determ inada operação é “X ” .
Definir o padrão
Introduzir os coeficientes necessários para que o tempo possa ser considerado como padrão.
3.2 – Divisão de tarefas Escolha do trabalho: C om o no Estudo do s Méto dos, a primeira fase do Estudo de Tempo s consiste em escolher o tr abalho a estudar.Em r egra, existe sempre uma razão para que se efectue um ET. Eis alguns exemplos: • N ovo tr abalho que nunca foi executado anter ior ment e (novo produt o, nova peça, nova operação, nova série de actividades,nova tecnologia,etc.); • U m a mudança de méto do que ex ige a fixação de um novo t empo de referência; • Cálculo da necessidade de mão-de-obra; • O cálculo de custos de produção; • Planificação de plantas fabris; • Programação e balanceamento de cargas; • Um trabalhador ou um representante do pessoal queixa-se do pouco tempo previsto para uma operação; • U m a operação co nstitui um “estrangulam ento” ou “gargalo” que bloqueia as oper ações seguintes e,po r exem plo, devido à acumulação de t rabalho em atraso, retarda as operações precedentes; • U rna m odificação na po lítica salarial,pela adopção, por exemplo, de um sistem a de prém ios de pro dutividade. C om o exem plos de ET, enquanto ferr am enta a utilizar num Estudo do s Métodos, podemo s citar : • Para quantificar as tarefas ou op erações ut ilizadas; • Q uando se deseja com parar a eficácia de dois méto dos propostos; • Q uando uma instalação aparenta t er um fraco rendimento ou cujos tempos improdutivos parecem exagerados; • Q uando o custo d e um dado tr abalho parece excessivo.
3.3 - Registo dos dados relevantes É indispensável registar t od os os dados relativos às cond ições em que o t r abalho é efectuado, aos méto do s e aos element os de actividade. Trata-se, de facto, de efectuar um a verdadeira descrição, por escrito , do mét odo utilizado na execução. As informações a recolher podem ser agrupadas da seguinte maneira: Agrupamento
Descrição • • • • •
N úmero do estudo N úmero da Folha de O bservações N om e do Agente de Estudo do Trabalho (Encarr egado ou Agente de M étodo s) D ata do Estudo N om e do r esponsável pela supervisão do Estudo (C hefe do Serviço de M étod os, D irector de Produção).
Informações que permitam identificar com precisão o pro duto, a peça ou a actividade em questão
• • • • • • •
D esignação do pro duto, peça ou actividade D esignação do cliente, colecção, m odelo o u família de pro duto N úmer o do desenho ou d o m odelo o u da especificação N úmer o da peça (se for diferente do nº do desenho) M aterial N or m as de qualidade ou ou tr as aplicáveis Eventualm ente o númer o de série das peças ou pro duto s
Informações que permitam identificar com precisão o processo,o método,a instalação ou a máquina
• Serviço ou local onde se efectua a operação • Descrição da operação ou actividade • N úmer o da or dem de fabricação (se existir) • D escrição do centro de tr abalho, célula, m áquina ou instalação e estado de funcionamento (nom e do fabricante, m odelo, dimensões, capacidade, etc.).Registar se houve condições anor mais • Alimentação e velocidade das máquinas,correntes de soldadura utilizadas,número de rotações,número de pontos por cm,etc. • Esboço do posto de trabalho mostrando o lay-out e dimensões (uma máquina fotográfica poderá ajudar bastante nesta fase do trabalho) • Descrição das ferramentas,escantilhões, gabarits e calibres utilizado s
C ondições ambientais no lo cal de trabalho
• C ondições tér m icas (temper atur a, humidade) se necessário • N íveis de r uído e o utr as características físicas (frequências do m inantes,im pulsividade, tem po de expo sição, etc.),se necessário • N íveis de iluminação ambiente e no plano de tr abalho • O utr as cond ições am bientais relevantes
Informações que permitem identificar o executante
• Nome • Número de empresa • Categoria profissional • Sexo ; • Idade
Informações relativas à duração do estudo
• H or a de início e do fim e tem po passado
Informações que permitem encontr ar e identificar o estudo com rapidez
Esta descr ição dever á incluir t od os os detalhes m anuais da tarefa. A ter m inolo gia a utilizar var ia com a natur eza do t rabalho. É essencial que tod os os elem entos de tr abalho fiquem perfeitamente descrito s. O critér io para um bo m registo é que ele deve descrever tud o o q ue o tr abalhador t em qu e fazer, de m od o a que seja po ssível repro duzir a actividade a part ir desse registo . O bviam ente, se já existe um estudo prévio dos m étodo s,grande par te das obser vações já estarão feitas e o agente de ET apenas ter á que verificar se a actividade actual condiz com o referido no estudo de m étod os.
Exem plo d e um cabeçalho.
3.4 - Decomposição da operação ou actividade em elementos Elemento será cada par te distinta de uma dada operação o u actividade, com preendendo, por um lado, um a ou várias tarefas ou mo vimento s fundamentais do executante e, por out ro lado, oper ações executadas pela m áquina ou fases do pro cesso. Ciclo de trabalho é uma série completa dos elementos necessários para a execução de uma dada actividade ou operação,para a obt enção d e uma unidade de pro dução. Pode co nter elem entos que não apareçam em t odo s os ciclos. As vantagens da decomposição em elementos são diversas: • Permitem distinguir bem o trabalho produtivo (ou tempo produtivo) de uma tarefa (ou tempo) improdutiva; • Perm item avaliar a actividade com muito m ais precisão do que co m um ciclo co mpleto ; • Permitem isolar os elementos com diferentes graus de fadiga ou exigências físicas e fixar com maior exactidão as correcções de repouso; • Permitem controlar os tempos de referência,de modo a que se possa,mais tarde,determinar rapidamente qualquer omissão ou inserção de um novo elemento. O s elementos podem ser: • repetidos:encontram-se em todos os ciclos (exemplo:colocar peça no posto); • constantes: com características e duração idênticas,encont ram-se numa o u várias operações (por exemplo: levantar a bro ca a uma dada altur a acima da peça a tr abalhar);
• variáveis: o t empo de execução varia em função das características do pro duto, m ater ial ou pro cesso (por exemplo: a forma ou o peso de um objecto a deslocar); • ocasionais: podem aparecer a intervalos regulares ou não; • estranhos à operação:podem ocorrer durante um estudo,mas sem fazer necessariamente parte da operação ou actividade estudada. Critérios para a escolha dos elementos Característica Devem ser facilmente identificáveis
Descrição Sendo o início e o fim bem marcados.Com frequência,o início e o fim do elemento assinalam -se por um a mud ança de estado d a máquina (paragem da m áquina, clique da fixação de um gabari,co locação de um a ferr amenta,et c.) ou por um a mudança de actividade do operador.
O s elemento s devem ser de curta A duração não deverá ser inferior a 0,04 m inutos (2,4 seg.). A duração de um a medição deverá estar de acord o com o o bjectivo que se pretende atingir.N or malmente, nenhum duração elem ento deveria exceder 0,33 m m (20 seg.).
O s elemento s devem ser o m ais unificados possível
C ada element o poder á consistir de um a série bem unificada de m ovimento s fundamentais, tais com o “procurar”,“agarrar”,“transportar”,“colocar” um objecto com uma finalidade bem definida, ou incluir parte de um a série de mo vimento s com um objecto e part e de outra série com outro objecto.
O s tem pos "internos" devem ser distintos dos tempos "externos"
O s tempos manuais estão sujeitos ao cont ro lo do oper ador,pelo que são m uito m ais susceptíveis de variação e m ais difíceis de deter m inar co m precisão.
O s tempo s "hom em" devem ser distinto s dos tem pos "m áquina"
O tr abalho m anual executado enquanto a máquina (ou o pro cesso) co ntr ola a to talidade do tempo (tempo “interno”) deve ser separado do trabalho manual executado enquanto a totalidade do tempo é controlada pelo trabalho manual (tempo “externo”).
O s element os constantes devem ser separados dos element os variáveis. O s element os ocasionais e os elemento s estr anhos à oper ação que não oco rr em em to dos os ciclos devem ser considerados separadamente.Por vezes,é necessária uma prolongada observação para os identificar,mas isso constitui uma parte do trabalho que se pode considerar. A auto matização d os pro cessos, que conduziu a que numa parte im por tante dos casos o o perador desempenhe um a actividade com plem entar à realizada pela m áquina, e o alar gam ento e delegação de respo nsabilidades ( downsizing e empowerment ), t em conduzido a que se dê um m aior grau de liberdade aos oper adores,alargando um pouco a dimensão dos elemento s de tr abalho a considerar e ligando -os, cada vez mais, a tarefas integr adas e não a tarefas elem entares, o qu e pod e cond uzir a tem pos unitár ios que podem ser de minutos e se trabalhe algumas vezes com standards fixados pelas cadências dos próprios equipamentos.
3.5 - Cronometragem 3.5.1 - Equipamento de base Q uando se tem que pr oceder a Estudos de Tempo s é necessário dispor de um mínimo de m aterial de base, para uso d e cam po, a saber: • • • •
U m c r o nó m e t r o ; U ma m áquina de filmar e um gravador vídeo; U ma prancheta de cronom etragem; Folhas de obser vação.
Em cer tas indústr ias,em que as cond ições am bientais são cr íticas,há, po r vezes, a necessidade de as con hecer co m u m cer to rigor . Poderão,então,ser necessários termómetros,higrómetros,sonómetros,dosímetros,iluminómetros,dinamómetros,e tc. O cronómetro São utilizados, nor malmente, para o estudo dos tempos dois mo delos de cronóm etro: o cronó metr o com r etorno a zero e partida auto m ática e o cro nóm etro vulgar de leitur a cont ínua. Existem ainda os cronó met ro s de leitur a fixa. Podem os encontr ar cronó met ro s com diversos tipos de graduações, sendo m ais com uns os graduados em quintos de segundo, em centésimos de minuto e em décimos milésimos de hora,fazendo o ponteiro grande uma volta num centésimo de hora.
Encontram-se,também,nas casas da especialidade,cronómetros digitais graduados em minutos e horas decimais e,ainda,alguns tipos menos comuns,concebidos para aplicações especiais. Podem os, no entanto, utilizar um cr onó met ro no rm al. Para fazerm os cálculos será melhor co nverter as leitur as em hor as ou minutos decimais. Conversões A conversão é feita da seguinte forma: Horas Decimais
Horas
M inut o s
Segundo s
Fica igual
D ividir po r 60
D ividir po r 3600
Exemplo: 2 h 30 min 22seg = 2 + 30/60 + 22/3600 = 2 + 0,5 + 0,006 = 2,506 horas N ot a:para convert er em hh:mm :ss faz-se o inverso do indicado na tabela. Exemplo: 3,064 horas = 3 h (0,064 * 60 m in = 3,84 = 3min + 0,84 * 60 seg = 50 seg.).A ssim, tem os 3 h 3 m in 50 seg. M inutos decimais
Horas
M inut o s
Segundo s
M ult iplica po r 60
Fica igual
D ividir po r 60
Exemplo: 2h30min22seg = 2*60 + 30 +22/60 = 150,37 minutos Nota: para converter em hh:mm:ss faz-se o inverso do indicado na tabela. Exemplo: 250,40 min = 250/60 hor as + 0,4 min = 4 horas + 0,17 * 60 m in + 0,4min = 4 h +10,6 min = 4h + 10 min + 0,6 * 60 seg = 4 h 10 min 36 seg. As folhas de observações O s registo s deverão ser efectuados em folhas impr essas num form ato nor malizado, que perm ita a recolha dos dados de uma for m a sistem atizada e de fácil consulta. Existem quase tantos m odelos diferentes destes impressos com o de serviços de ET por esse m undo fora. O s agentes de ET m ais experientes têm, aliás, a sua própr ia concepção do tipo ideal destes impressos. D e seguida, apresentam-se exemplos que se revelaram satisfatórios para estudos de carácter geral. O s im pressos mais utilizados dividem-se em d uas categor ias: • Impressos de campo,nos quais se registam as observações nos locais de trabalho e; • Impressos de cálculo,de análise e de resumo dos resultados do estudo,usados no gabinete.
Im pr esso de cam po
Im pr esso de cálculo
Prancheta C om o se pode ver pela figura, uma prancheta é um suport e para as folhas de registo e, neste caso, com o supor te para o cro nóm etro integrado. É uma ferr amenta bastante út il porque facilita o r egisto dos dados. Câmaras de vídeo / máquinas de filmar Estes dispositivos são de um a grande ver satilidade e com od idade de utilização. U m a das principais vantagens é a de per m itir em a observação do tr abalho o núm ero de vezes que for necessário, facilitando, assim, um a análise m ais por meno rizada. Se o equipam ento perm itir ver simultaneam ente na m esm a imagem o tem po passado,facilm ente se com preenderá a sua utilidade. Em algumas máquinas de filmar é possível apurar,autom aticamente, os tem pos unitários para os elem entos de t rabalho de meno r dimensão, o que facilita extr aor dinariamente o tr abalho de levantamento .
3.5.2 - Tipos de cronometragem Há três métodos principais de cronometragem e um sistema misto que utiliza vários cronómetros simultaneamente,a saber: Tipo de cronometragem Cronometragem contínua
Descrição O cronóm etro é posto em m archa no início do primeiro elemento do prim eiro ciclo a crono met rar e só pára no final do estudo. N o fim de cada elemento , a agente de ET r egista a leitura do cronómetr o. O s diversos tem po s element ares são o btido s por subt r acções sucessivas apó s o estudo terminado. Nota: quando visualizam os um filme de vídeo será este o m éto do d e análise do s temp os mais adequado,um a vez que o contador de tem po da câmara é contínuo.
C r o n o m e t r a ge m c o m r e t o r n o a zero
O cronóm etro é posto a trabalhar no início do primeiro elemento do pr imeiro ciclo e é simultaneament e lido e reto rnado a zero no fim desse elem ento, iniciando im ediatamente a contagem do tempo do elemento seguinte,e assim sucessivamente.Deste modo,os tempos element ares são o btido s sem necessidade de se efectuarem as subtr acções, necessárias na cronometragem contínua.
C rono metr agem de leitura fixa
N o cro nóm etro de leitura fixa, um do s pont eiros pára quando se carr ega num disparador suplementar, enquanto o out ro co ntinua a andar. C arregando um a segunda vez neste disparador,o ponteiro parado alcança o que está em movimento e ambos continuam a avançar. D esta maneira, os resultados são lidos com o pont eiro parado e não em m ovimento , com o acont ece nos dois mét odo s anterio res,o que aum enta,evidentemente, a precisão da leitura.
C rono metr agem cumulativa
Este método envolve dois, três, ou mesmo quatro cronóm etros, mo ntados numa mesma prancheta com um a ligação m ecânica entre eles. Vejamo s como se procede com dois cronómetros: • Para cro nom etr agem contínua,o mecanismo é m anipulado de m odo a que no final de cada elemento um dos cronómetr os é parado e o o utro começa a trabalhar. O cronóm etro parado é lido e o s tempo s elementares são obt idos posterior m ente, pela subtracção de leituras alternadas. • Para cronom etragem com retor no a zero, o cronóm etro parado é levado a zero após a leitur a e os t empo s elem entares são lidos directamente.
3.5.3 - Julgamento da actividade 3.5.3.1 - Introdução A fase seguinte do Estudo de Tempos consiste na avaliação da velocidade efectiva de trabalho do executante e compará-la com um a actividade de referência. A esta avaliação chama-se “Julgamento de Act ividade” .Trata-se de um julgamento, com m aior ou m enor grau de natureza subjectiva, que se baseia no co nceito que o observador tem de ritm o no rm al, habitualmente designado po r Actividade de Referência ( A R ) o u Actividade Normal . A AR pode ser definida como “ O r itmo de t rabalho de um executante m édio, bem qualificado e treinado, trabalhando sob a liderança de quadros qualificados, mas sem o estímulo de uma r emuneração ao rendimento” .
Este ritmo de actividade deve ser tal que possa ser mantido dia após dia sem fadiga,quer física,quer mental,sendo caracterizado por exigir d o indivíduo, não m ais que um esforço razoável e regular.
3.5.3.2 - Actividade de referência e rendimento normal C om o se disse, o julgamento da actividade do oper ador consiste num a comparação m ental, ou julgam ento das velocidades com que diferentes pessoas são capazes de realizar um determinado trabalho. A dificuldade pr ovém, em geral, de não ex istirem padrões de t empo estabelecidos para a mult iplicidade de t arefas elem entares, que fazem parte dos postos de trabalho e circunstâncias particulares de cada empresa. Por isso, na generalidade dos casos, cada empresa terá que definir os seus próprios níveis de actividade normal, a fim de poder efectuar o julgamento da actividade dos seus executantes. Valores considerados normais: Actividades activas (com movimento total do corpo): Ritmo de comparação: 6,4 km/h A ctividades sedentárias (com mo vimento parcial do co rpo ): Ritmo de comparação:distr ibuição de 52 cart as em 0,375 min (23 seg)
A s oper ações que exigem r eflexão – julgar o acabam ento no cont ro lo de um pr odut o, por exemplo – são ext rem amente difíceis de apreciar.É preciso ter uma grande experiência neste género de trabalho,antes de poder fazer avaliações satisfatórias. Em síntese: Por d efinição, o julgam ento de actividade é um a com paração ent re a cadência observada pelo agente de ET e o con ceito q ue este faz de um ritmo de trabalho normal. Factores influentes na cadência de execução do trabalho Factores que escapam à vontade do executante • as variações de qualidade e de o utr as características da matér ia utilizada, mesmo dentro dos limites de to lerância prescritos; • as modificações que intervêm na eficácia das ferramentas e do material durante a sua vida útil; • as mudanças de pouca importância e inevitáveis intro duzidas nos méto dos ou nas condições em que se efectua a operação; • as variações da atenção necessária à execução de alguns elementos; • as modificações provenientes de certas condições ambientais: - iluminação, temperatura,r uído, etc.
Factores sobre os quais o executante pode actuar • as variações aceitáveis de qualidade do produto; • as variações devidas a maior ou menor habilidade que o trabalhador possui; • as variações provenientes da sua atitude mental, nom eadamente do s seus sentiment os em relação à empresa em que trabalha; • modificações da sequência dos movimentos do executante; • m od ificações da sua cadência de t rabalho; • m odificações de uma e de outr a, em pr opo rçõ es variáveis.
3.5.3.3 - Tipos de técnicas de avaliação do desempenho do executante
Método Avaliação subjectiva sem referências
Discrição 1.Julgar a dificuldade do trabalho e formar um conceito mental de como seria o trabalho em estudo se estivesse de acordo com os requisitos de execução padronizada definidos pelas normas com que o agente está a tr abalhar (i.e. o m étodo de trabalho estabelecido). 2. C lassificar a execução observada de acord o com o conceito formado no passo anterior e atribuir-lhe um valor numérico.
Dados auxiliares
A valiação subjectiva com algumas referências
Avaliação objectiva
Este pro cedimento difere do anterior nos detalhes ou Quadro a referências dados na execução do 2º passo. A s diferenças são:o número de subfactores em que esse passo é dividido; os ter mo s usados para descrever a base de comparação entre a tarefa observada e o conceito form ado no 1º passo; as escalas numér icas utilizadas; a existência, ou não, de posto s de tr abalho de referência. 1.Avaliação do ritm o o bservado em co mparação com Quadros 1 e 2 um r itm o-padrão de referência, que é o m esmo para todo s os postos de tr abalho da empresa. Esta refer ência está registada em filme (po dendo , assim , ser consultada periodicamente para reciclagem dos agentes de ET). 2. U tilização de um ajustamento de dificuldade, que consiste num incremento em percentagem, a aplicar ao valor obtido pela avaliação efectuada no 1º passo. Este increment o é obt ido em t abelas de valores empíricos obt idos experim entalm ente (quadros 1 e 2),segundo Mundel,1978.
Quadro a + 0,15 + 0,13 + 0,11 + 0,08 + 0,06 + 0,03 0 -0,05 -0,10 -0,16 -0,22
Destreza A1 Super A2 B1 Ex celent e B2 C1 Bo a C2 D M édia E1 So fr ível E2 F1 Fr aca F2
+ 0,06 + 0,04 + 0,02 0 -0,03 -0,07
Condições A Ideais B Ex celent es C Bo as D M édias E So fr íveis F Fr acas
+ 0,13 + 0,12 + 0,10 + 0,08 + 0,05 + 0,02 0 -0,04 -0,08 -0,13 -0,17
Esforço A1 A2 B1 B2 C1 C2 D E1 E2 F1 F2
+ 0,04 + 0,03 + 0,1 0 -0,02 -0,04
Consistência A Super B Ex celent e C Bo a D M édia E So fr ível F Fr aca
Super Ex celent e Bo m M édio So fr ível Fr aco
Exemplo de avaliação subjectiva com algumas referências Supo nhamo s que a execução de um dado elem ento foi classificada, com base nos critér ios apr esentado s na tabela acim a, do seguinte modo: Destreza = B1;Esforço = B2; Condições = C; Consistência = B. Assim,de acordo com o quadro,os ajustamentos (Aj) seriam: Aj = 0,11 + 0,08 + 0,02 + 0,03 = 0,24 A dm itindo que o julgam ento da actividade, m eramente m ental, efectuado no 1º passo, fora FA = 105%, e se aplicarmo s as cor recções anter ior m ente apresentadas (1 + 0,24 = 1,24), obt eremo s o seguinte resultado ajustado: FA(ajustado) = 105% x 1,24 =130% Quadro 1
Quadro 2
Exemplo de Aplicação – Avaliação objectiva O ajustament o t ot al de dificuldade para um dado elem ento é a simples som a do s ajustam ento s aplicáveis, obt idos nos quadro s 1 e 2. N ot e-se que os ajustament os de dificuldade são independentes do julgament o d o ritm o efectuado no 1º passo. Por exemplo, se a avaliação d o ritm o fo r de 80% e o ajustamento de dificuldade to tal for de 15%, estes dois valores não se podem somar. O procedimento cor recto será calcular 0,80 x 1,15 = 0,92.Ficaria,assim,o factor de actividade ajustado, FAaj = 92%. Vejam os o seguinte exemplo de aplicação d os quadros,para um a operação com tr ês elemento s.N ot e-se que o ajustamento para o peso é igual pois o esforço realizado é de 2,5 kg em todos os elementos.
Descrição dos elementos
Avaliação de cada elemento 1
2
3
Par t e do co r po ut ilizada
E
8
E
8
D
5
Pedais
F
0
F
0
F
0
Tr abalho co m as duas m ão s
H
0
H
0
E
0
C oor denação olhos/mãos
J
2
J
2
J
2
Manipulação
O
1
O
1
P
2
Peso (2,5 Kg nos 3 elementos)
4
4
4
Soma ajustamentos
15
15
13
FA (observado) – 1º Passo
80%
85%
90%
FA (ajustado) – 2º Passo
92%
98%
102%
Em relação ao ajustamento para o peso,referido no quadro 2,vejamos o seguinte exemplo um pouco mais complexo: N um a dada oper ação,cada ciclo tem dois elemento s,cujos tempo s crono m etr ados são,r espectivament e, 0,15 min. e 0,10 min. O 2º ele-mento envolve mo vimento s com uma caixa pesando 23,5 Kg.Este ele-mento ocupa 40% do t empo de cada ciclo, visto que 0,10/0,25=40%. Para 23,5 Kg o quadro 2 indica um valor básico de 0,42 e um incremento de 0,365 resultante dos 35% da duração desse ele-mento para além do mínimo de 5% do tempo.Consequentemente,o ajustamento de dificuldade (por via do peso) para o 2º elemento será 0,42 + 0,365 = 0,785 => 79%.Este valor deverá ser adicionado aos demais ajustamentos resultantes das outras categorias.
2.6.3.5 - Escalas de avaliação do desempenho Podem utilizar-se diversas escalas de avaliação, das quais as mais corr entes são as 100-133 , 60-80, 75-100 e a escala 0-100 da
Br itish Standards Instit utio n, cuja adopção se reco m enda aos leitor es.O quadro seguinte dá exemplo s de actividades de tr abalho qualificadas de acordo com as diversas escalas agora citadas.
Escalas
Descrição da actividade
60-100
75-100
100-133
0-100
0
0
0
0
40
50
67
60
75
100
80
100
133
100
120
125
150
A ctividade nula
A ctividade muito lenta: mo vimentos inábeis e 50 hesitantes; o executante parece estar m eio a dormir e não se interessa pela sua tarefa A ctividade com passada,sem pressa, com o a de um tr abalhador não r emu nerado à peça, sob vigilância 75 ap r o p r i ad a; p ar e c e l en t a, m a s se m q u al qu e r desperdício deliberado de tempo durante a observação. 100 Gestos vivos e precisos de um trabalhador (actividade medianament e qualificado, rem unerado à peça; os de requisitos de qualidade e de precisão são atingidos referência) sem hesitações.
167
200
Velocidade de marcha compatível (km/h) 0 3,2
4,8
6,4
125
M u i t o r á p id a: o e x e cu t an t e d em o n st r a u m a segurança, destr eza e coo rdenação de m ovimento s muito superiores à de um trabalhador mediano experiente.
8
150
Excepcionalm ente r ápida: a actividade exige um esforço e concentração intensos e não poderá, provavelmente, ser mantida durante muito tempo; requer num nível de “perito” , que só alguns trabalhadores excepcionais podem atingir.
9,6
3.5.3.5 - Como empregar o Factor de Actividade (FA) Se a cadência de execução do t r abalhador que ob serva não atinge o nível que julga no rm al, escolherá um facto r infer ior a 100, por exemplo 90, ou qualquer out ro núm ero que julgue justo. Se, pelo contr ário, pensa que a actividade do t rabalhador ultr apassa o nível nor mal,t om ará para factor um núm ero superior a 100, por exemplo 110,115 ou 130. N a prática costuma-se arredondar a avaliação para o múltiplo de 5 mais próximo.
3.5.3.6 - O tempo normalizado Define-se tempo normalizado, que designaremo s abreviadamente por T N , como igual ao produto do tempo por operação observado/m edido (TO ), mult iplicado pelo facto r actividade FA e dividido pela actividade de r eferência (A R), isto é: TN = TO x FA / AR
Será necessário agor a referir um aspecto im por tante relativo à for ma m ais cor recta de determ inar o TN a par tir d os tem pos observados e dos julgamentos de actividade. N ão há dúvida que o procedimento m ais correcto será efectuar o cálculo do TN , confor me a fórm ula, elemento a elemento, multiplicando cada TO pelo quo ciente FA/A R cor respondente (para cada medição). N o final,calcular-se-á o TN m édio e será esse o valor aceite para tempo normalizado do elemento em questão. TNmédio = (Soma de todos os TN) / (Número de TN = número de observações efectuadas)
3.5.4 - Precisão da amostra Q uando se efectua um ET, verifica-se que, mesmo que o tr abalhador tente m anter um r itm o constante, há sempr e diferenças entre os tempos cronometrados para o mesmo elemento. Esta variabilidade po de levantar dúvidas quanto à fiabilidade das m edições feitas,designadament e sobre o facto de serem ou não r epresentativas do “ verdadeiro” tem po element ar. Este valor depende de dois factores: a) A variabilidade (d isper são) das obser vações que é determinada por uma medida estatística de dispersão: pelo desvio-padrão ou pela amplitude do intervalo de variação; b) O número, N , de obser vações efectuadas.
A fórmula abaixo permite avaliar o erro que afecta o tempo médio de um dado número de observações.Como já se disse são geralmente aceites em ET o nível de confiança de 95% e a precisão de +-5%. N´ = 1600 (s / m)2
s – desvio-padrão m - média
Exemplo: N o quadro seguinte estão r epresentados 10 tem pos elem entares (1ª série de observações). O observador pretende saber se esse número é suficiente para um nível de confiança de 95% e uma precisão de +-5%.
1ª série de 10 observações: (N 1=10) Tempos:5-6-7-7-5-5-6-6-7-5 C á lc ul o N ´ : N ´ = 1 6 00 x ( 0,8 16 50 /6 ) 2 = 2 9 ,6 < = > 3 0 Conclusão:o número de observações insuficientes N1
M édia: 6
D esvio -padr ão : 0,81650
2ª série de 10 observações:(N2 = N1 + 10 = 20) Tempos:6-7-5-6-6-5-7-5-5-6 C á lc ul o N ´ : N ´ = 1 60 0 x ( 0,7 5 91 5 /5 ,9 3 )2 = 2 6 ,0 4 < = > 2 7 Conclusão:o número de observações insuficientes N2
Média:5,93 (dos 20 tempos)
Desvio-padrão:0,75915 (dos 20 tempo s)
2ª série de 10 observações:(N3 = N2 + 5 = 25) Tempos:6-7-6-5-6 C á lc ul o N ´ : N ´ = 1 60 0 x ( 0,7 3 48 5 /5 ,9 6 )2 = 2 4 ,0 3 < = > 2 5 Conclusão:o número de observações suficientes N 3 <=> N ´
Média:5,96 (dos 25 tempos)
Desvio-padrão:0,73485 (dos 25 tempo s)
3.5.5 - Correcções, complementos ou coeficientes Vim os no Estudo dos M étodo s que convém r eduzir sempr e ao m ínimo a energia que despende o executante para realizar a sua tarefa, aperfeiçoando o s m étodo s e os processos de acor do co m o s princípios de econo m ia de mo vimento s e, na medida do po ssível, com a ajuda da m ecanização/auto m atização.Tod avia, a execução d e um tr abalho ex ige sempr e ao execut ante o d ispêndio de um certo esforço,mesmo quando se adoptou o método de execução mais prático,económico e eficaz.Por esta razão ,deve sempr e prever-se um com plemento de tem po para lhe perm itir r epousar e com pensar a fadiga. São as chamadas cor recções de fadiga. D evem ser tam bém t idas em co nta as necessidades pessoais do t r abalhador, chamadas cor recçõ es para necessidades pessoais,pelo que se deve prever algum tempo para esse efeito. Para além d estas há ainda out r as a considerar, que serão descritas adiante. Vejamos agora mais detalhadamente estas diversas categorias. Correcções: fadiga de base
Correcções fixas
Correcções por ocorrências irregulares
Correcções: necessidades pessoais Tensão ner vosa e esfor ço físico intenso
Factores ambientais
Correcções de repouso
Correcções variáveis
Correcções por demoras inevitáveis Correcções especiais Correcções suplementares
Correcções totais
Classe correcção
Tipo
Descrição
Valor ou fórmula
Aplicam-se para compensar a energia despendida na execução do trabalho e para 4% do TN aliviar a mo not onia têm em conta a necessidade de abandonar C or recções para C or recções de repouso o posto de trabalho por necessidades entre 5 e 7% do TN necessidades pessoais pessoais acrescentadas às fixas quando as condições C or recções variáveis de execução são nitidamente diferentes das Valores tabelados consideradas nor m ais (ex. calor hum idade) O procedimento mais correcto será determ inar a O cor rências irregulares e aleató rias. Por frequência média diária e a C or recções para exemplo:com o atribuir o tem po perdido na duração m édia da operação. A O cor rências irr egulares oco rr ências ir regulares substituição de agulhas partidas numa correcção corr espondente máquina de costura? calcula-se dividindo esse tempo pela duração do período de trabalho diário. O sistem a de cálculo m ais recomendado para este tipo de correcções consiste em considerar os tempos Tempo concedido para com pensar instantes impr odut ivos imput áveis à de ociosidade forçada que têm origem na Correcções por máquina sob a forma de um natureza do pro cesso ou da operação e que, demoras inevitáveis coeficiente calculado a partir a não serem co m pensados, or iginariam um dos resultados que o prejuízo no prémio do executante tr abalhador médio, efectuando esta operação,oneraria se só estivesse afecto a tr abalhos manuais. C or recções de base para fadiga
O procedimento mais correcto será determinar a frequência Trata-se de co rr ecções para actividades que, média diária e a duração média norm almente, não fazem part e do ciclo da da operação.A correcção oper ação, mas são indispensáveis à boa correspondente calcula-se execução do tr abalho. dividindo esse tempo pela duração do período de tr abalho diário.
C or recções especiais
3.5.1 - Como empregar as correcções A s corr ecções são utilizadas quando pr etendemo s estabelecer um padrão. São aplicadas sobre o Tem po N or m alizado M édio. A ssim, a fór mula será: Tempo-padrão = TN médio x (1 + % correcções)
Nota: na maioria das situações poderemos aplicar uma % de correcção entre 10 e 15 %, consoante o esforço (peso e facilidade de manipular os objectos) e condições (temperatura e humidade) envolvidos.
3.6 - Amostragem do trabalho – Método das Observações Instantâneas 3.6.1 - Introdução Esta técnica encontr a aplicação quer no Estudo dos M éto dos quer na Medida do Trabalho, com pequenas variações. Por esta razão,alguns autores preferem incluíla no primeiro e outros no segundo daqueles dois grandes capítulos do Estudo do Trabalho.
3.6.2 - Utilização da técnica A plica-se a postos de t rabalho sem carácter r epetitivo, ou que, sendo cíclicos, tenham ciclos bastante lo ngos (hor as ou dias). Enquadram-se nesta categoria tarefas de supervisão, ou administr ativas, de m anutenção, assistência, etc. Perm ite o bter, para um dado esforço de observação,uma imagem mais perfeita do que as demais técnicas. O tr abalho a realizar visa três object ivos principais: • Determinar as percentagens relativas dos tempos de actividade e de inactividade de homens e de máquinas; • Estabelecer um índice de actividade (ou ritm o de t rabalho) dur ante os período s de actividade; • M edir o tr abalho, ou seja, estabelecer um tem po-padrão para uma dada operação. Definição da técnica A A m ostr agem do Trabalho o u M étod o das O bser vações Instantâneas consiste em fazer um núm ero grande de o bser vações distr ibuídas aleator iam ente ao longo do t em po. Em cada ob servação é registado o t ipo de actividade desem penhada nesse m om ento, pelos tr abalhador es ou m áquinas em estudo . O tipo de actividade é,assim, classificado em categorias de actividade pr edeterm inadas que sejam relevantes para a situação em estudo. N o fim , a propo rção de o bser vações em cada categoria perm itirá tirar conclusões quanto à sua importância relativamente ao conjunto das actividades em estudo. Desta descrição pode-se concluir que a amostragem do trabalho cobre em geral um período mais ou menos longo. Trata-se, por tanto, de um a técnica extensiva. Vamos analisar um exemplo: A deter m inação d as percent agens do dia de tr abalho em que um oper ador e a sua m áquina estão a trabalhar o u inactivos baseia-se na hipótese de que a percentagem do núm ero de o bser vações registadas dur ante um dado per íodo, em cada uma das duas situações,co nstitui um a boa aprox imação para a percentagem do tem po em que hom em e m áquina estão a tr abalhar o u inactivos, na realidade.A precisão do resultado é função do número de observações efectuadas. Suponhamo s que, quando está a trabalhar, é feita uma marca na categoria “ a tr abalhar” ; se está inactivo, é feita uma m arca em “ inactivo” , como ilustra o quadro 1. N o quadro 1 há 36 observações “ a trabalhar” e 4 observações “ inactivo” , num to tal de 40 obser vações. A percentagem de tem po a tr abalhar será 36 : 40 x 100% = 90%; Sendo a percentagem de tem po inactivo de 4 : 40 x 100% =10%.
Se este estudo disser respeito a um dia de tr abalho de 8 ho ras (480 minuto s), os resultados indicarão que este oper ador esteve inactivo 10% do tempo,isto é,durante 48 minutos (480 x 0,10 = 48) e que trabalhou 90%,ou seja,durante 432 minutos (480 x 0,90 = 432). Quadro 1
Registo das observações “a trabalhar” e “inactivo”
Situação
N.º de observações
Total
“ a t r abalhar ”
||||| ||||| ||||| ||||| ||||| ||||| ||||| |
36
“ inact ivo ”
||||
4
TO TA L
40
Este exem plo é, evidentem ente, m uito sim ples, po is apenas consider a duas situações (activo e inactivo) além de se basear num númer o m uito r estr ito de o bser vações. D e facto, esta técnica é muit o m ais pot ente do que isso, pois permite classificar t antos tipo s ou categor ias diferent es de situações quanto s for em necessár ios par a o estud o em causa.O exem plo que se apresenta mais adiante ilustra melhor as possibilidades da amostragem do trabalho.
3.6.3 - Cálculo da precisão da amostra Este aspecto tem muit a impo r tância,po is dele depende o núm ero de observações a efectuar, factor que determ inará a duração do estudo. A p recisão do estudo dep ende da finalidade, em bo ra haja algum a amplitu de na sua especificação. O analista preten de obt er resultados satisfató rio s sob o pont o d e vista da precisão, m as ao mesmo tem po não quer fazer um núm ero excessivam ente grande de o bser vações. É necessário determ inar antecipadamente o núm ero de o bser vações a realizar para um dado grau de precisão. A s fórm ulas que a seguir se apresentam tr aduzem as car acterísticas matem áticas da am ostr a e podem ser ut ilizadas par a o cálculo da sua dim ensão para diversos lim ites de pr ecisão. Se pretender m os agor a determ inar p com o m esmo nível de confiança de 95% mas com um a precisão de ± 5% de p, t e r e m o s N = 1600 (1 - p) / p Finalment e, se quiserm os p com o mesmo nível de confiança de 95% e com a precisão de ± 1% de p, v i r á N = 40 000 (1 - p) / p O quadro do A nexo I apresenta os valor es de N relativos às expr essões apresentadas. D e um m odo geral, em estudos qualitativos, a m aior parte do s valor es dados pelo quadro em anexo são m aior es do que o necessário.
Planeamento do estudo A dimensão da amostra depende da precisão que desejarmos para o estudo e da proporção do tempo tota l ( p) relativa à actividade mais importante para esse estudo. Se conhecermo s apro xim adam ente essa pro por ção, poder emo s fazer logo o planeament o do estudo. C aso cont rário, terem os de fazer uma amostragem preliminar,sem preocupações de grande precisão,mas que nos dê uma ideia da ordem de grandeza de p. Saberem os então quantas observações terem os que efectuar, donde po derem os calcular o núm ero d e observações diárias, sabido o tem po t ot al disponível para o estudo . O planeam ento das observações poder á ser feito utilizando uma tabela ou um pro gram a gerador de núm eros aleató rio s. O utr a possibilidade é num erar fichas de 8 a 12 e de 13 a 18, para as horas, e de 00 a 59, para os minuto s, baralhando cada um dos do is grupo s e retir ando o núm ero de pares necessário s (com repo sição) até perfazer a dimensão da amo stra. Se for necessário um grande núm ero de observações, o observador nem ter á tempo de se afastar do local a estudar,m as deverá ter o cuidado de m odificar o seu caminho ao acaso, fazendo variar o s percur sos. Se tiver este cuidado, poder á dispensar a preparação antecipada dos tem pos, pois o seu percurso será,d e facto, aleató rio. O utro aspecto im por tante da am ostr agem do tr abalho é a preparação do r egisto das observações. Para isso,há que definir t odas as categor ias de actividade que sejam relevantes para o estud o. Em m uitos casos, o pr ópr io r egisto das observações pode ser feito pelos pró prio s trabalhador es, se devidam ente instr uídos e, com o é óbvio, se forem considerados de confiança para este efeito.
3.6.4 - Resumo dos procedimentos A. B. C. D. E. F. G. H.
A ssegurar a cooperação do encarregado o u supervisor e explicar o objectivo,a natureza e o méto do utilizado ; Explicar aos trabalhadores o objectivo do estudo; Preparar, com a ajuda do encarregado ou super visor, a lista de categor ias de actividade necessárias; Se for decidido,entr egar o registo das observações ao encarregado ou supervisor ; A poiar até garantir a aptidão para efectuar correctamente as observações; Pôr em execução as observações, confor me estabelecido, acompanhando o processo, se necessário; A nalisar o r esum o do s dados com a colaboração das pessoas que efectuaram as obser vações; C alcular o tempo -padrão (TP) para uma operação o u actividade, do seguinte modo:
Tempo-padrão = [tempo total do estudo x a proporção do tempo total observada para a operação x o factor de actividade / actividade de referência* x (1 + total das correcções a incluir)] a dividir pelo número de unidades de trabalho produzidas na operação durante o estudo * n o r m a lm e n t e , 1 0 0
3.6.5 - Exemplo de aplicação Imaginemos uma fábrica de mobiliário de madeira em que pretendemos determinar os tempos-padrão de uma série de compo nentes de um m odelo de mó vel: por tas, gavetas, tampos, fundos, pés, etc., para além dos acabamentos. Pelo tipo de
actividade e pelas características de o rganização do tr abalho, foi decidido que a técnica mais aprop riada seria a am ostr agem do tr abalho. Eis os procediment os adoptados: a) D efinir categor ias de actividade que perm itam discrim inar as oper ações com suficiente detalhe; b) D efinir as unidades de tr abalho cujos tempo s-padrão se pretende deter minar e preparar um sistem a eficaz para contagem das unidades produzidas (quadro 2); c) D eterminar o número de observações a realizar,isto é, a dimensão da amo str a; d) Preparar o s impressos de registo das observações (exemplo - quadro 3); e) Efectuar as observações e registá-las; f) Tabular o s resumos das observações e analisá-los criticamente (quadro 4); g) A p l ic ar aj ust am e n t o s e c o r r e cç õ e s, c o n fo r m e fo r p er t i n e nt e ; h ) C a lc ul ar o s t em p o s- pad r ão ; i ) A v al iar o s r e su lt ad o s.
A fim de melhor se compreender o processo,consideremos o caso das portas. Verifica-se que, ao iniciar o d ia, se encont r avam na fábr ica 16 por tas, das quais 8 ainda estavam po r acabar. D urante o dia for am acrescentadas 60 unidades, tendo ficado 11 incom pletas no fim, donde se conclui que for am acabadas 57. O bviam ente que, tr atando-se de actividades menos com plexas,o registo será muito mais simples,bastando em muit os casos um somatór io das unidades produzidas durante o período abrangido pelo estudo. Quadro 2
Registo da produção para efeitos de utilização na amostragem do trabalho
OFICIN A D E MARCENARIA – REGISTO DIÁRIO D E UN IDADES PROD UZ IDAS C o m po n./O per./A ct ividades C o nt agem inicial
Po r acabar
U nidades acr esc.
Inco m pl. no fim
A cabadas no final
Po r t as
16
8
60
11
57
Bases
28
27
74
10
65
Tam po s
18
8
59
7
62
Fr ent es
14
3
48
8
51
Fundo s
16
5
55
14
52
G avet as
24
21
120
17
106
Pés
192
64
112
33
207
C o l. pux ado r es
336
120
677
88
805
C o l. do br adiças
266
87
190
13
356
M ó veis m o nt ado s
10
8
30
4
28
M ó veis inspeccio nado s
26
26
A folha de registo das actividades individuais é a que consta do quadro 6.2. D e referir que, neste caso, se estão a registar n a mesma folha as observações relativas a to do s os trabalhado res simu ltaneament e em actividade na referida oficina.É po r esta razão que em algumas casas do Q uadro 3 aparece m ais do que um a observação. Isso significa,apenas,que havia mais do que um trabalhador ocupado com a mesma tarefa,quer ajudando-se entre si,quer trabalhando independentemente. Há casos em que é conveniente efectuarmos o registo individual em folhas separadas. A s ob servações devem ser r egistadas sob a for m a de facto r de actividade, e não apenas com o m ero registo da categor ia de actividade desempenhada no m om ento da obser vação, com o é o caso exemplificado no quadro 1. A ntes de se dar início ao estudo no rm al, fez-se um a amo stragem pr évia durante uma sem ana a fim d e se obt er um a primeira imagem da propo rção de cada actividade em relação ao tem po to tal.Verificou-se que a actividade m ais impor tante, para efeito s deste estudo,era a de montagem dos móveis,com uma proporção p = 0,15.Este exercício prévio serviu também como treino dos observadores e para os trabalhadores se habituarem à sua frequente presença na oficina. Dado que o estudo era destinado à determinação de tem pos-padr ão e para rever o sistema de incentivos de pro dutividade em vigor na empr esa, impunha-se uma precisão elevada para o estudo , na ordem de 5% de p (precisão da amostra). Sabidas estas duas condições (p = 0,15 e a precisão fixada em 5% de p), obtém -se imediatamente, pela fórmula N = 1600 (1 - 0,15) / 0,15 = 9067 o bser vações.
N estas condições, e sabendo que o estudo não poder ia exceder 5 semanas (por razões de planeament o d a produção), haveria 25 dias úteis para o estudo. C om o a fábr ica estava a trabalhar a 2 tur nos diários de 8 ho ras cada, seria po ssível fazer o estudo d ur ante am bo s os tur no s, utilizando dois o bser vador es. Daqui resultariam 25 x 2 x 8 = 400 horas “observáveis”,ou seja,24 000 minutos. D ividindo po r 9067, conclui-se ser necessário efectuar um a obser vação, em m édia, cada 2,65 m inutos,o que cor responde a cerca de 23 observações por hora. Feita a determ inação aleató ria dos m om entos de o bser vação, e preenchidos em co nform idade os to pos das colunas do impr esso de registo exemplificado no quadro 3, iniciou-se o estudo.
Quadro 3 A dm itamos que, após ter m os efectuado 9067 observações, relativas aos 19 o perários afectos à referida fábrica (10 no prim eiro tur no e 9 no segundo) durante as 5 semanas previstas, obt ivem os o resumo que se apresenta no quadro 4.
Quadro 4
C om entários ao quadro 4: - O factor de actividade (FA ) foi obtido po r o bservação do ritm o de cada tr abalhador no m om ento d a observação. Se houver vários trabalhadores a realizar idênticas operações nesse instante,sem o registados outros tantos factores de actividade na casa cor respondente a essa operação nesse mom ento. - As correcções C foram obtidas adicionando as proporções correspondentes às operações que não constituem unidades de tr abalho específicas. C ont udo, as observações corr espondent es a demor as evitáveis não deverão, em princípio, ser incluídas no somató rio das frequências.A exclusão de um a dada categoria de actividade do númer o to tal de observações ou no som atór io das correcções é um assunto delicado que deve ser bem ponderado antes de ser tomada a decisão. - O número de unidades produzidas é obtido do s registos diários de produção (quadro 2). O tempo tot al de operação T,em hor as-hom em, para cada actividade i, obt ém-se mult iplicando o núm ero de dias de obser vação (25) pelo númer o de ho ras de tr abalho diárias em cada turno (8), pelo númer o de t rabalhador es em o bser vação (19) e pela proporção pi correspondente a essa actividade.Será,então, T = 2 5 x 8 x 1 9 x p i = 3800 p i . Exemplificando para o fabrico de um a por ta e assumindo AR = 100%, o tem po-padrão para essa oper ação/actividade/tarefa calcula-se como se segue: TP = [3800 x 0,092 x 104,8 / 100 x (1 + 0,15) ] / 1513 = 0,2785 horas = 16,71 m inutos
Anexo I
Número de amostras necessárias para um nível de confiança de 95%.