A n o t a ç õ e s
P Á C A R c a R E d G e r A D n o E I R d A o
a l u n o
a r i e d a g e r r a C á P
1
Diretoria Executiva Geral
Superintendência Técnica Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Prossional Prossional
Educação Profssional:
Pá Carregadeira Modalidade Presencial
Caderno do Aluno
Elaboração, conteúdo técnico, diagramação e ilustração ilu stração
Escola do Transporte
Julho/2009 Fale com o SEST/SENAT 0800.7282891 www.sestsenat.org.br
Pá carregadeira : caderno do aluno. – Brasília: SEST/SENAT, 2009. 76 p. : il.
1. Veículo de terraplanagem. 2. Transporte de carga. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 629.365
Diretoria Executiva Geral
Superintendência Técnica Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Prossional Prossional
Educação Profssional:
Pá Carregadeira Modalidade Presencial
Caderno do Aluno
Elaboração, conteúdo técnico, diagramação e ilustração ilu stração
Escola do Transporte
Julho/2009 Fale com o SEST/SENAT 0800.7282891 www.sestsenat.org.br
Pá carregadeira : caderno do aluno. – Brasília: SEST/SENAT, 2009. 76 p. : il.
1. Veículo de terraplanagem. 2. Transporte de carga. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título. CDU 629.365
PÁ CARREGADEIRA Unidade 1 – Moviment Movimentos os de terra: terr terraplenagem aplenagem ................................. ............................................. ........................ ........................ ........................ ........................ ...................7 .......7
Apresentação ...............................................................................................................................................9 Apresentação Objetivos .......................................................................................................................................................9 Introdução ....................................................................................................................................................9 Desenvolvimento Desenvolv imento .........................................................................................................................................9 1. Atividades de movimentação de terra terra................................................................................................9 ................................................................................................9 2. Fatores que Inuenciam o Projeto do Movimento de Terra ........................................................ 11 3. Principais tipos de movimento movimento de terra ........................................................................................... 11 4. Equipamentos Equipamentos empregados na escavação escavação e movimentação ..................................................... 12 Conclusão.................................................................................................................................................... 12 Exercícios de xação................................................................................................................................ xação ................................................................................................................................ 13 Unidade 2 – Os diferent diferentes es tipos de pás carregadeir carregadeiras as ................................ ............................................. ......................... ........................ ........................ ...................... .......... 15
Apresentação ............................................................................................................................................. 17 Apresentação Objetivos ..................................................................................................................................................... 17 Introdução .................................................................................................................................................. 17 Desenvolvimento Desenv olvimento....................................................................................................................................... 17 1. Os tratores............................................................................................................................................... tratores............................................................................................................................................... 17 2. Classicação das pás carregadeiras................................................................................................ carregadeiras ................................................................................................ 18 3. Dimensões básicas de uma u ma pá carregadeira.................................................................................. 19 Conclusão................................................................................................................................................... 20 Exercícios de xação................................................................................................................................ xação ................................................................................................................................ 21 Unidade 3 – Componentes básicos das pás carregadeiras ......................................................................................23
Apresentação ............................................................................................................................................ 25 Apresentação Objetivos .................................................................................................................................................... 25 Introdução ................................................................................................................................................. 25 Desenvolvimento Desenv olvimento...................................................................................................................................... 25 1. Caçambas ............................................................................................................................................... 25 2. Motor e trem de força (transmissão).............................................................................................. (transmissão) .............................................................................................. 26 3. Eixos e direção ..................................................................................................................................... 26 4. Sistema de freios................................................................................................................................. freios ................................................................................................................................. 27 5. Compartimento do operador (cabine) ............................................................................................ 27 Conclusão................................................................................................................................................... 27 Exercícios de xação............................................................................................................................... xação ............................................................................................................................... 28 Unidade 4 – Características do operador de pá carregadeira .................................................................................29
Apresentação ............................................................................................................................................. 31 Apresentação Objetivos .......................................................................................................................................................3 Introdução .................................................................................................................................................. 31 Desenvolvimento Desenv olvimento....................................................................................................................................... 31 1. Classicação Brasileira de Ocupações – CBO ................................................................................. 31 2. Formação, Formação, experiência e condições gerais de exercício da prossão prossão..................................... ..................................... 32 3. Recursos de trabalho trabalho e atividades a serem desenvolvidas ....................................................... 33 4. Competências Pessoais...................................................................................................................... Pessoais...................................................................................................................... 33 Conclusão................................................................................................................................................... 34 Exercícios de xação............................................................................................................................... xação ............................................................................................................................... 35 Unidade 5 – Atividades iniciais: planejando e prepar preparando ando o equipamento ................ ............................ ........................ ........................ ......................37 ..........37
Apresentação ............................................................................................................................................ 39 Apresentação Objetivos .................................................................................................................................................... 39 Introdução ................................................................................................................................................. 39 Desenvolvimento Desenv olvimento...................................................................................................................................... 39 1. Planejamento do trabalho .................................................................................................................. 39 2. Operação de máquinas pesadas ...................................................................................................... 40 3. Remover solo e material orgânico................................................................................................... 40 Conclusão.................................................................................................................................................... 41 Exercícios de xação............................................................................................................................... xação ............................................................................................................................... 42
Unidade 6 – Atividades desenvolvidas utilizando a pá carregadeira ...................................................................... 43
Apresentação ............................................................................................................................................ 45 Objetivos .................................................................................................................................................... 45 Introdução .................................................................................................................................................45 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 45 1. Drenar solos ........................................................................................................................................... 46 2. Executar a construção de aterros ................................................................................................... 46 3. Acabamento de pavimento................................................................................................................ 47 4. Auxiliar a atividade de cravar estacas............................................................................................ 47 Conclusão...................................................................................................................................................48 Exercícios de xação............................................................................................................................... 48 Unidade 7 – Conceitos operacionais associados às pás carregadeiras....................................................................49
Apresentação ............................................................................................................................................. 51 Objetivos ..................................................................................................................................................... 51 Introdução .................................................................................................................................................. 51 Desenvolvimento....................................................................................................................................... 51 1. Produtividade ......................................................................................................................................... 51 2. Coecientes relacionados ao volume............................................................................................. 52 3. Carga e capacidade de pás carregadeiras ..................................................................................... 53 4. Densidade dos materiais ................................................................................................................... 53 Conclusão...................................................................................................................................................54 Exercícios de xação............................................................................................................................... 55 Unidade 8 – Características técnicas e operacionais das pás carregadeiras ..........................................................57
Apresentação ............................................................................................................................................ 59 Objetivos .................................................................................................................................................... 59 Introdução .................................................................................................................................................59 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 59 1. Equipamentos padrão para operação.............................................................................................. 59 2. Componentes e equipamentos opcionais ...................................................................................... 60 3. Posição da lâmina ................................................................................................................................ 60 4. Dados operacionais considerando contrapesos............................................................................ 61 Conclusão................................................................................................................................................... 62 Exercícios de xação............................................................................................................................... 62 Unidade 9 – Seleção das caçambas e cuidados na operação...................................................................................63
Apresentação ............................................................................................................................................ 65 Objetivos .................................................................................................................................................... 65 Introdução .................................................................................................................................................65 Desenvolvimento ...................................................................................................................................... 65 1. Importância de selecionar a caçamba adequada .........................................................................65 2. Procedimentos para seleção da caçamba .....................................................................................66 3. Preparação da área para operação ................................................................................................. 66 4. Medidas de segurança obrigatórias para o operador................................................................. 67 Conclusão...................................................................................................................................................68 Exercícios de xação............................................................................................................................... 68 Unidade 10 – Conversão de unidades ......................................................................................................................69
Apresentação ............................................................................................................................................. 71 Objetivos ..................................................................................................................................................... 71 Introdução .................................................................................................................................................. 71 Desenvolvimento....................................................................................................................................... 71 1. Sistemas de Medida .............................................................................................................................. 71 2. Conversão de unidades de medida...................................................................................................72 3. Conversão de unidade de temperatura ...........................................................................................74 Conclusão................................................................................................................................................... 75 Exercícios de xação............................................................................................................................... 75 Referências Bibliográficas ....................................................................................................................................76
APRESENTAÇÃO Prezado Aluno, Desejamos-lhe boas vindas ao curso de Pá Carregadeira! Vamos trabalhar juntos para desenvolver novos conhecimentos e aprofundar as competências que você já possui! No Brasil, o transporte rodoviário de cargas representa uma atividade essencial para a economia e para o desenvolvimento do país. São mais de um milhão de veículos transportando os mais diversos produtos, ajudando nosso país a produzir mais e melhor. No entanto, descuidos com alguns procedimentos básicos tais como a arrumação, a carga, a descarga e o próprio transporte das mercadorias transportadas, ainda causam acidentes e prejuízos desnecessários, daí a necessidade de aprendermos cada vez mais sobre os procedimentos corretos para cada tipo de carga transportada. A operação de equipamentos tais como as pás carregadeiras, é uma atividade de extrema importância para a movimentação de cargas no Brasil. Aprofundar os conhecimentos sobre essa atividade, conhecendo os procedimentos a serem adotados e os equipamentos utilizados, auxilia os profissionais a exercerem sua atividade com maior qualidade e eficiência. Nesse sentido, este curso foi desenvolvido para que os operadores de pás carregadeiras agreguem conhecimento e ajudem a promover a melhoria do setor. Para isso, foram utilizadas algumas referências bibliográficas, apresentadas ao final deste material, que serviram como base para o desenvolvimento e elaboração do conteúdo do curso. Este curso será apresentado em 10 unidades de 4 horas-aula. Assim, a apostila é organizada da seguinte forma: Unidade 1: Movimentos de terra: terraplenagem Unidade 2: Os diferentes tipos de pás carregadeiras Unidade 3: Componentes básicos das pás carregadeiras Unidade 4: Características do operador de pá carregadeira Unidade 5: Atividades iniciais: planejando e preparando o equipamento Unidade 6: Atividades desenvolvidas utilizando a pá carregadeira Unidade 7: Conceitos operacionais associados às pás carregadeiras Unidade 8: Características técnicas e operacionais das pás carregadeiras Unidade 9: Seleção da caçamba e cuidados na operação Unidade 10: Conversão de unidades No início de cada unidade, você será informado sobre o conteúdo a ser abordado e os objetivos que se pretende alcançar. O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e ajudá-lo na compreensão do conteúdo. Você encontrará também situações extraídas do cotidiano, conceitos, exercícios de fixação e atividades de aprendizagem. Confira o significado de cada ícone:
O curso está dividido em unidades para facilitar o aprendizado. Nesse sentido, esperamos que este curso seja muito proveitoso para você! Nosso intuito maior é o de lhe apresentar dicas, conceitos e soluções práticas para ajudá-lo a resolver os problemas encontrados no seu dia-a-dia de trabalho. Bom estudo!
UNIDADE
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MOVIMENTOS DE TERRA: TERRAPLENAGEM
APRESENTAÇÃO Para iniciar o curso, vamos entender o que são os serviços de terraplenagem envolvendo pás carregadeiras. Apresentaremos também, os fatores que influenciam os projetos de terraplenagem e os principais equipamentos empregados nesta atividade.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
Os objetivos desta unidade são: • Apresentar a atividade de terraplenagem; • Identificar os principais fatores que influenciam a terraplenagem; • Conhecer os principais equipamentos empregados.
INTRODUÇÃO Por lidarem com a movimentação de milhares de toneladas de terra e com um grande número de equipamentos pesados, os serviços de terraplenagem e de transporte de terra precisam de atenção especial. Assim, é necessário que a movimentação dos materiais seja feita de forma racional, para que se consiga redução no custo das obras e maior segurança na atividade. Vamos agora conhecer um pouco sobre a terraplenagem.
DESENVOLVIMENTO 1. Atividades de movimentação de terra As atividades ligadas ao movimento de terra podem ser entendidas como um conjunto de operações que são executadas para modificar um terreno que se encontra em seu estado natural para uma nova conformação topográfica desejada. [Cardão, 1969] A terraplenagem é o conjunto de operações destinadas ao corte, carregamento, transporte, descarregamento, acabamento de superfície, umedecimento e compactação do solo em uma obra de construção civil, objetivando adequar o terreno natural às características definidas no projeto.
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P á C a r r e g a d e i r a
As primeiras etapas que normalmente ocorrem na obra constituem o “caminho crítico”, devendo ser atividades adequadamente planejadas para que não originem atrasos no cronograma final. A etapa de movimentação de materiais (entulho, terra, galhos) se inicia com a retirada de entulho de demolição e com a limpeza do terreno, envolvendo desmatamento (retirada de árvores) e destocamento (retirada de tocos de árvores), oferecendo condições para as atividades de movimento de terra propriamente ditas. O momento mais adequado para que seja feito o movimento de terra é variável. Ele depende, muitas vezes, das características de execução das fundações e do próprio cronograma de desenvolvimento da obra.
s e õ ç a t o n A
O momento mais conveniente para a realização do movimento de terra deve ser cuidadosamente estudado em função das demais atividades de início da obra e do cronograma de execução dos serviços como um todo.
2. Fatores que Influenciam o Projeto do Movimento de Terra Definido QUANDO realizar o movimento de terra, é preciso definir COMO executá-lo. Para isso devem-se considerar alguns fatores que interferem no projeto do movimento de terra. 2.1 Sondagem do terreno
A n o t a ç õ e s
A sondagem permite conhecer informações necessárias sobre o terreno, tais como: características do solo, espessuras das camadas, posição do nível da água etc. Além disso, ela nos dá informações sobre o tipo de equipamento indicado a ser utilizado para a escavação e retirada do solo. A sondagem ajuda, também, a definir qual o tipo de fundação que melhor se adaptará ao terreno de acordo com as características da estrutura do prédio que será construído. 2.2 Cota de fundo da escavação (nível mais baixo da escavação)
É um parâmetro de projeto, pois define o momento de parar a escavação do terreno. Para isto, é preciso conhecer: o nível do pavimento mais baixo, o tipo de fundação a ser utilizada e as características das estruturas do prédio. 2.3 Concepção da sequência executiva do edifício
Permite definir as frentes de trabalho para a realização das escavações e para a execução das contenções. 2.4 Projeto do canteiro
É necessário compatibilizar as necessidades do canteiro de obras (posição de rampas de acesso, instalação de alojamentos, sanitários etc.) com as necessidades da escavação (posição das rampas, acessos para entrada de equipamentos, dentre outros). Conhecer o projeto do canteiro é essencial para saber como e onde trafegar com as pás carregadeiras.
3. Principais tipos de movimento de terra Os principais tipos de movimento de terra são: a) Corte; b) Aterro; c) Corte + Aterro.
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P á C a r r e g a d e i r a
A situação de “corte” geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os possíveis problemas de recalque (compactação do terreno). Nos casos em que seja necessária a execução de aterros, deve-se tomar cuidado com o recalque.
4. Equipamentos empregados na escavação e movimentação Para a escavação, podem ser empregados equipamentos manuais ou mecânicos. Os manuais, constituídos sobretudo pelas pás, enxadas e picaretas, são empregados quando se tem pequeno volume de solo a ser movimentado (até 100m3). Para volumes superiores, recomenda-se a utilização de equipamentos mecânicos, que permitem maior produtividade. Os principais equipamentos utilizados na escavação e movimentação de terra são: • Pá carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras); • Escavadeira; • Escavo-carregadeira; • Retro-escavadeira; • Clam-shell; • Bob-cat (pá-carregadeira de pequeno porte). Para a retirada do solo do local da obra são utilizados veículos de transporte de carga, normalmente os caminhões basculantes, cuja capacidade da caçamba é bastante variável, sendo as mais comuns as de 5,0 a 7,0m3.
CONCLUSÃO Os equipamentos utilizados para movimentação de terra, dentre os quais podemos citar os caminhões e as pás carregadeiras, são elementos bastante relevantes nos custos de construção, bem como no tempo de execução da obra. Os indivíduos que participam dessa atividade, tais como engenheiros, técnicos, topógrafos e operadores de máquinas, são vitais para o perfeito desenvolvimento dessas atividades. Uma operação inadequada de um equipamento por parte de um operário pode acarretar em custos imprevistos ou em acidentes graves.
s e õ ç a t o n A
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) São exemplos de equipamentos empregados na escavação e movimentação de terra (terraplenagem):
A n o t a ç õ e s
( ) Pá carregadeira e escavadeira. ( ) Guindastes e esteiras deslizantes. ( ) Escavo-carregadeira e retro-escavadeira. ( ) Pontes rolantes e guindautos. ..................................................................... 2) Podem ser considerados tipos de movimento de terra: ( ) Corte. ( ) Plantação. ( ) Aterro. ( ) Queimada. 3) A terraplenagem é o conjunto de operações destinadas ao corte, carregamento, transporte, descarregamento, acabamento de superfície, umedecimento e compactação de materiais em uma obra de construção civil, objetivando adequar o terreno natural às especificações de projeto. ( ) Certo ( ) Errado
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UNIDADE
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OS DIFERENTES TIPOS DE PÁS CARREGADEIRAS
APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você conhecerá os diferentes tipos de pás carregadeiras e suas principais características. Além disso, vamos conhecer diferenças em relação à operação e aos equipamentos auxiliares que compõem essas máquinas.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
São objetivos desta unidade: • Apresentar os diferentes tipos de pás carregadeiras; • Conhecer as principais características destas máquinas.
INTRODUÇÃO Para deixar o solo apropriado para receber uma obra, são necessárias algumas operações básicas, tais como: escavação, compactação, troca de solo, drenagem e outros. As máquinas mais utilizadas para isso são as de terraplenagem, em especial, os tratores. Em uma obra que inclui a movimentação de terra, muitos empreiteiros tendem a utilizar quaisquer equipamentos disponíveis em vez de selecionar a máquina adequada. Por isso, conhecer as semelhanças e diferenças entre elas é essencial.
DESENVOLVIMENTO 1. Os tratores O trator é um tipo de máquina que exerce tração. Ele possibilita a execução de trabalho produtivo com conforto ao operador, multiplicando a força humana. Um mesmo trator pode ser complementado com diferentes implementos, possibilitando uma vasta gama de aplicações, com economia de tempo e também dos equipamentos.
a r i e d a g e r r a C á P
As pás carregadeiras são um tipo de máquina tratora que contém um equipamento (implemento) capaz de realizar corte, carregamento, transporte e descarregamento de terra.
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2. Classificação das pás carregadeiras
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P á C a r r e g a d e i r a
As pás carregadeiras podem ser agrupadas e classificadas em: (i) Unidades escavotransportadoras; e (ii) Unidades escavocarregadoras. • As unidades escavotransportadoras são as que escavam, carregam e transportam sozinhas materiais de consistência média por distâncias médias. • As unidades escavocarregadoras são as que escavam e carregam de terra outro equipamento (caminhão), que faz o transporte. O ciclo completo de terraplenagem (corte, carregamento, transporte e descarregamento) é executado, portanto, por duas máquinas distintas. As pás carregadeiras podem ser também classificadas de acordo com seu formato e seus componentes. Considerando sua movimentação podem ser classificadas em pá carregadeira de pneu e pá carregadeira de esteira. 2.1 Pá carregadeira de pneu
A pá carregadeira de pneu (ou de rodas) é um equipamento que permite ótimo desempenho nas atividades de movimentação de terra, sendo bastante utilizada no segmento de construção civil. Em alguns modelos, a pá carregadeira com rodas possui uma estrutura articulada, que permite um pequeno raio de giro e uma direção flexível, que torna o manuseio mais fácil em locais estreitos. Os cilindros da articulação estão localizados na parte superior do chassi.
s e õ ç a t o n A
A pá carregadeira de rodas possui uma base igualmente dividida, para que a abrasão do pneu seja reduzida, prolongando assim o tempo de uso do pneu. O eixo duplo reduz o arraste e a patinação das rodas, aumentando a vida útil dos pneus. Além disso, o equipamento proporciona maior capacidade de tração em situações de pouca aderência. O instrumento responde mais rapidamente para assegurar uma eficiência de funcionamento mais elevada.
2.2 Pá carregadeira de esteiras
Máquina equipada com esteiras no lugar dos pneus, apresentando melhor aderência e melhor distribuição de peso, principalmente em terra solta ou terrenos pantanosos. As pás carregadeiras de esteira, conhecidas como bull-dozer possuem lâminas ou placa de empuxo, escarificadores (garras para “arranhar” o solo) e esteiras. É a máquina mais usada nos trabalhos de movimentação de terra.
A n o t a ç õ e s
Criada em 1904, foi o marco de início da terraplenagem moderna. Tracionando ou empurrando a terra, o bull-dozer tem enorme utilização em obras de grande, médio e pequeno porte.
3. Dimensões básicas de uma pá carregadeira Para especificar a compra ou a utilização de determinado equipamento é necessário saber como especificar suas dimensões. A seguir vamos conhecer as principais medidas de uma pá carregadeira e quais suas dimensões mais usuais. Medidas B C D F G J K O P R R1*
No braço padrão 6 510 mm 3 200 mm 440 mm 3 400 mm 2 135 mm 3 800 mm 4 100 mm 54° 45° (P max. 48°) 42° 46°
No braço longo 7 000 mm 3 200 mm 440 mm 3 400 mm 2 135 mm 4 310 mm 4 620 mm 55° 45° 42° 46°
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P á C a r r e g a d e i r a
Medidas S T U X Y Z a2 a3 a4
No braço padrão 68° 70 mm 480 mm 2 060 mm 2 680 mm 3 380 mm 5 730 mm 3 060 mm ±40°
No braço longo 64° 130 mm 610 mm 2 060 mm 2 680 mm 3 800 mm 5 740 mm 3 060 mm ±40°
CONCLUSÃO
s e õ ç a t o n A
Na movimentação de pequenos volumes de material ou no carregamento de caminhões, o equipamento normalmente empregado é a pá carregadeira. Isso ocorre porque as carregadeiras são equipamentos de baixo custo de operação e grande agilidade. Apesar de serem equipamentos de reduzida capacidade, podem ser utilizadas no corte e carregamento de material, associadas ao uso de equipamentos de transporte de maior capacidade como os caminhões.
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Quanto à sua função, os equipamentos de terraplenagem, em especial as pás carregadeiras, podem ser classificados como: ( ) Unidades escavocarregadoras e escavodescarregadoras.
A n o t a ç õ e s
( ) Unidades escavotransportadoras e escavocarregadoras. ( ) Unidades escavotransfiguradoras e escavocarregadoras. ( ) Unidades escavocarregadoras e escavotransmutadoras. 2) São exemplos de pás carregadeiras: ( ) Pá carregadeira de esteira. ( ) Pá carregadeira de botoeira. ( ) Pá carregadeira de blocos. ( ) Pá carregadeira de pneus. 3) As pás carregadeiras de esteira foram criadas recentemente, em 1994, e foram o marco de início da terraplenagem moderna. Essas máquinas são muito utilizadas em obras de grande, médio e pequeno porte. ( ) Certo ( ) Errado
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UNIDADE
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COMPONENTES BÁSICOS DAS PÁS CARREGADEIRAS
APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você irá conhecer os componentes básicos de uma pá carregadeira. Além disso, compreenderá as funções de cada um para que o equipamento possa realizar a atividade de terraplenagem.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
São objetivos desta unidade: • Apresentar os principais componentes das pás carregadeiras; • Apresentar as características e funções desses elementos.
INTRODUÇÃO As pás carregadeiras podem ser consideradas equipamentos que associam alto desempenho e produtividade, com moderada capacidade de carga. Essa capacidade pode ser multiplicada quando associada a equipamentos de transporte, tais como caminhões. Quando bem utilizadas, são equipamentos que apresentam baixo índice de manutenção, fácil operação e relativo conforto. A seguir vamos conhecer suas principais partes componentes.
DESENVOLVIMENTO 1. Caçambas As caçambas da pá carregadeira devem estar adequadas ao tamanho do equipamento e à sua aplicação. As caçambas podem possuir lâminas de corte ou dentes. A seção superior da caçamba plana, do tipo caixa, fornece rigidez e auxilia no nivelamento da terra. A seguir são apresentados alguns tipos de caçamba e algumas características básicas: a r i e d a g e r r a C á P
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2. Motor e trem de força (transmissão)
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P á C a r r e g a d e i r a
O motor fornece alto torque e responde rápido a baixas RPM (rotações por minuto), mesmo a plena carga. A máquina pode trabalhar à baixa rotação do motor, o que contribui para uma boa economia de combustível, menos ruído, menor desgaste e longa vida útil. A transmissão é segura, eficiente e de fácil mudança, o que garante torque adequado às operações.
3. Eixos e direção Os eixos da pá carregadeira são capazes de absorver todos os impactos inerentes ao trabalho. O diferencial de torque proporcional reduz a patinagem, aumentando a tração, além de reduções finais planetárias e eixo traseiro com oscilação vertical. • Eixos com coroa e pinhão, do tipo hipoides (com dentes encaixados). Diferencial de torque proporcional, com sistema automático antipatinagem (evita a patinação). • Eixo traseiro com oscilação vertical (24 graus) e reduções finais planetárias. A direção é hidráulica, alimentada por bomba de palhetas, o que garante ciclos mais rápidos. Uma manopla auxiliar no volante da direção possibilita maior agilidade e conforto na realização das manobras. Sistema de direção acionado pela bomba hidráulica principal, com válvula de prioridade para direção, garantindo direção mesmo com motor desligado. Alguns modelos possuem 3 modos de direção: direção frontal, direção em 4 rodas e direção dianteira e traseira opostas (tipo caranguejo).
s e õ ç a t o n A
4. Sistema de freios Atualmente, os sistemas de freios das pás carregadeiras são mais precisos, eficientes, confiáveis e oferecem total segurança, mesmo em condições extremas. Com freios a disco em banho de óleo, livre de ajustes, a pá carregadeira está preparada para trabalhar em qualquer ambiente. • De serviço: multidisco, em banho de óleo nas quatro rodas, com circuito independente para cada eixo. Aplicado através de um pedal, acionando simultaneamente a frenagem nas quatro rodas;
A n o t a ç õ e s
• De segurança: cada circuito do sistema de freios é equipado com um acumulador de nitrogênio que mantém sua eficiência mesmo com o motor desligado ou com pane no sistema hidráulico; • De estacionamento: freio a tambor, montado no eixo de saída da transmissão, com acionamento mecânico.
5. Compartimento do operador (cabine) Nas máquinas mais modernas o compartimento do operador é amplo, confortável e oferece total visibilidade em todas as direções. Os painéis são de fácil leitura e os comandos são ergonomicamente posicionados para maior conforto. Possui um completo sistema de iluminação que permite realizar trabalhos noturnos com total visibilidade. Alguns modelos possuem cabine fechada com climatizador, que proporciona maior conforto em condições severas de calor e poeira.
CONCLUSÃO Todas as pessoas envolvidas na manutenção e operação das pás carregadeiras não devem executar nenhuma tarefa com o equipamento, sem antes conhecer detalhadamente as normas de segurança para manutenção e operação contidas no manual de instrução do operador que segue junto com o equipamento. A maior parte destes equipamentos contém adesivos indicativos sobre procedimentos de segurança que devem ser observados pelo operador. Em caso de dúvidas, consulte o manual do usuário ou o fabricante do equipamento.
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Marque com um “X” as alternativas corretas: P á C a r r e g a d e i r a
1) As caçambas de pás carregadeiras podem possuir: ( ) Dentes. ( ) Lâminas. ( ) Somente dentes. ( ) Segmentos. 2) Os sistemas de freios das pás carregadeiras são mais precisos, efi cientes, confiáveis e oferecem total segurança, mesmo em condições extremas. São componentes do sistema de freios: ( ) Freio de serviço. ( ) Freio de manobra. ( ) Freio de segurança. ( ) Freio de lanterna. 3) As pás carregadeiras podem ser consideradas equipamentos que associam alto desempenho e produtividade, com moderada capacidade de carga, que pode ser multiplicada, se associada a equipamentos de transporte, tais como caminhões. ( ) Certo ( ) Errado
s e õ ç a t o n A
UNIDADE
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CARACTERÍSTICAS DO OPERADOR DE PÁ CARREGADEIRA
APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns aspectos relevantes relacionados às características da profissão de operador de máquinas de terraplenagem, tais como as pás carregadeiras. Vamos conhecer, também, algumas características necessárias ao próprio operador.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
São objetivos desta unidade: • Apresentar os aspectos relevantes da classificação brasileira de ocupações – CBO para a profissão de operador de pá carregadeira; • Conhecer a formação, experiência e condições gerais de exercício da profissão; • Informar sobre os recursos de trabalho e as atividades a serem desenvolvidas.
INTRODUÇÃO O profissional que lida com a atividade de terraplenagem utilizando pás carregadeiras deve atender a uma série de pré-requisitos para o exercício de sua atividade. Esse profissional deve executar suas atividades com o intuito de garantir maior segurança e efetividade na operação. Por esse motivo, é fundamental que o operador dessas máquinas conheça as características que sua função requer.
DESENVOLVIMENTO 1. Classificação Brasileira de Ocupações – CBO Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, os operadores de pás carregadeiras estão classificados como operadores de máquinas de terraplenagem e fundações. Nessa categoria, encontra-se o código 7151 - 35, referente ao Operador de pá carregadeira, contendo as seguintes variações: • Operador de pá carregadeira de esteira;
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• Operador de pá carregadeira de pneu; • Operador de pá carregadeira e tratores; • Operador de pá mecânica; • Operador de pá mecânica em subsolo.
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P á C a r r e g a d e i r a
Para a CBO esses profissionais são responsáveis por operar máquinas de terraplenagem e fundações, ajustando comandos e acionando movimentos das máquinas. Além disso, devem: • Realizar manutenção básica de máquinas pesadas; • Remover o solo e material orgânico “bota-fora”; • Drenar solos e executar construção de aterros; • Realizar acabamento em pavimentos. Nos serviços de terraplenagem, o chamado “bota-fora” corresponde ao material que sobra das atividades de escavação e é empilhado do lado de fora do canteiro das obras.
2. Formação, experiência e condições gerais de exercício da profissão Em função da complexidade e das exigências que o operador de pás carregadeiras está submetido no exercício de sua função, é requerido desse profissional escolaridade entre quarta e sétima séries do ensino fundamental e um curso básico de qualificação profissional de até duzentas horas. O pleno desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência profissional. Esses profissionais atuam principalmente nas empresas de construção civil. De acordo com a CBO, devem ser assalariados, com carteira assinada.
s e õ ç a t o n A
Os operadores de pás carregadeiras trabalham com equipes especializadas, nas diversas etapas de uma construção: sinalização, obra de arte e terraplenagem, pavimentação, capa e topografia, topografia de solos, entre outras. O trabalho é presencial, onde todos são submetidos à supervisão permanente.
Os operadores de pás carregadeiras realizam seu trabalho geralmente no período diurno, a céu aberto e dentro dos veículos, diferentemente do operador de bate-estaca, que trabalha em condições especiais, pois suas atividades podem ser subterrâneas. Na atividade de bate-estaca o operador fica confinado e exposto a materiais tóxicos e ao ruído intenso. A utilização dos equipamentos de segurança mostra-se indispensável para esses profissionais. Além disso, é esperado que o operador de pá carregadeira apresente as características necessárias para exercer sua função, tais como: • Demonstrar organização e atenção;
A n o t a ç õ e s
• Comunicar-se com eficiência com superiores e subordinados; • Demonstrar autocontrole e coordenação motora; • Ter responsabilidade; • Adaptar-se a novos trabalhos e situações.
3. Recursos de trabalho e atividades a serem desenvolvidas Além de conseguir manipular as pás carregadeiras, o operador deve conhecer e saber lidar com outros recursos necessários para o desenvolvimento de suas atividades. Dentre esses recursos podemos citar: chaves (combinada, fenda, “allen”, inglesa), manômetro, martelo. Além disso, é desejável que o operador tenha noções de operação de outras máquinas utilizadas nas atividades de terraplenagem e fundações, tais como: • Caminhão “munck” e guincho; • Caminhão comboio (manutenção); • Máquina de solda; • Máquina escavadeira e retro-escavadeira; • Motoniveladora e vibra-acabadora.
4. Competências Pessoais Existem algumas características que o operador deve apresentar para exercer seu trabalho com maior qualidade. Essas características podem ser tanto suas características pessoais quanto características relacionadas à sua função. Para desempenhar melhor suas funções, é desejável que o operador de pá carregadeira seja organizado, pois deve guardar toda a documentação relacionada ao projeto que está executando, bem como a documentação e os manuais da máquina que opera.
a r i e d a g e r r a C á P
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O operador deve saber trabalhar em equipe e demonstrar responsabilidade, pois deve zelar pelos equipamentos e máquinas utilizados nas atividades de terraplenagem e fundações em que está trabalhando. 34
P á C a r r e g a d e i r a
CONCLUSÃO Como pôde ser visto nesta unidade, a atividade de operador de pás carregadeiras não pode ser considerada uma simples operação mecânica. Não basta apenas saber lidar com os equipamentos. Essa profissão exige qualificação e um perfil específico, pois requer muita disciplina, comprometimento e competência, por parte do operador.
s e õ ç a t o n A
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Para a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, o profissional que lida com pás carregadeiras deve:
A n o t a ç õ e s
( ) Drenar solos e executar construção de edifícios. ( ) Remover o solo e material orgânico “bota-fora”. ( ) Demonstrar organização e atenção no trabalho. ( ) Realizar manutenção básica nas pás carregadeiras. 2) Segundo a CBO, os operadores de pás carregadeiras estão classificados como operadores de máquinas de terraplenagem e fundações, contendo as seguintes variações: ( ) Operador de pá carregadeira e tratores. ( ) Operador de pá carregadeira de estruturas. ( ) Operador de pá carregadeira de pneu. ( ) Operador de pá carregadeira de esteira. 3) Os operadores de pás carregadeiras realizam seu trabalho em condições especiais, pois suas atividades são sempre subterrâneas. ( ) Certo ( ) Errado
a r i e d a g e r r a C á P
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UNIDADE
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ATIVIDADES INICIAIS: PLANEJANDO E PREP PREPARANDO ARANDO O EQUIPAMENTO
APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso vamos conhecer algumas atividades desenvolvidas pelo operador de pá carregadeir carregadeira. a. As atividades se iniciam sempre com o planejamento do serviço. Você aprenderá aspectos relevantes para garantir uma operação que promova a segurança, evitando acidentes tanto para os trabalhadores como para o equipamento.
A n o t a ç õ e s
OBJETIVOS São objetivos desta unidade: • Apresent Apresentar ar o planejamento do trabalho de terraplenagem terraplenagem;; • Mostrar as principais atividades desenvolvidas pelo operador de pá carregadeira.
DESENVOLVIMENTO Ao receber uma solicitação de serviço, o operador de pá carregadeira deve realizar um planejamento prévio de sua tarefa, identificando a meme lhor forma de colocar em ação seus equipamentos e de movimentar a terra usando as máquinas adequadas. Vamos conhecer algumas atividades que ele deve desenvolver.
1. Planejamento do trabalho Antes de iniciar seu trabalho, o operador de pá carregadeira deve planejar o que será executado. executado. Para que o serviço seja bem feito,, com eficiência e segurança, devem ser feito tomadas algumas precauções. Além disso, algumas atividades anteriores à movimenmovimentação de terra devem ser feitas, garantindo o sucesso final da atividade de terraplenaterraplena gem. Antes de iniciar a terraplenagem propriamente dita, as principais atividades que o operador desenvolve são:
a r i e d a g e r r a C á P
• Analisar o serviço; • Estabelecer uma sequência de atividades; • Definir as etapas de serviço a ser realizado; • Estimar tempo de duração do serviço e de suas etapas; • Selecionar as máquinas adequadas; • Definir os acessórios mais indicados;
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• Selecionar as ferramentas manuais que irá necessitar; • Selecionar os instrumentos de medição que irá utilizar; • Selecionar equipamentos de proteção individual (EPI); 40
P á C a r r e g a d e i r a
• Selecionar a sinalização de segurança.
2. Operação de máquinas pesadas Durante a realização de seu trabalho o operador de pá carregadeira estará no comando de um equipamento que é considerado uma máquina pesada. Por este motivo é extremamente importante que ele saiba lidar com o equipamento e que tome as devidas precauções na operação dessas máquinas. Para operação de pá carregadeira, é necessário saber: • Acionar a máquina; • Interpretar as informações do painel da máquina; • Mudar marcha conforme o serviço que está executando; • Controlar a aceleração da máquina (RPM); • Estacionar a máquina em local plano; • Apoiar equipamentos hidráulicos e mecânicos no solo; • Resfriar a máquina; • Desligar a máquina; • Anotar informações sobre a utilização da máquina; • Relatar ocorrências de serviço ao seu superior.
3. Remover solo e material orgânico Uma das atividades iniciais realizadas pelo operador de pá carregadeira envolve a remoção do “bota-fora”. Esse é o material resultante de procedimentos de escavações realizados antes da terraplenagem, que é empilhado do lado de fora do canteiro de obras. Nas atividades com o “bota-fora” o operador deve:
s e õ ç a t o n A
• Verificar a marcação da topografia; • Analisar a inclinação do terreno; • Verificar o tipo de solo; • Carregar o caminhão caçamba.
A n o t a ç õ e s
CONCLUSÃO Como pode ser visto nesta unidade, existe uma série de atividades e procedimentos com os quais o operador de pás carregadeiras deve se preocupar antes de realizar as operações de movimentação de terra. O cuidado com essas atividades é o diferencial entre uma operação eficiente e segura e uma operação onerosa, insegura e ineficiente. Cabe ao operador buscar esse conhecimento e aplicá-lo em sua atividade.
a r i e d a g e r r a C á P
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Marque com um “X” as alternativas corretas: P á C a r r e g a d e i r a
1) Antes de iniciar a terraplenagem propriamente dita, são exemplos de atividades que o operador de pá carregadeira desenvolve: ( ) Definir as etapas de serviço a ser realizado. ( ) Estabelecer uma sequência de atividades. ( ) Selecionar as máquinas adequadas. ( ) Definir os acessórios mais indicados. 2) Uma das atividades inicias realizadas pelo operador de pá carregadeira envolve a remoção do “bota-fora”. Nessas atividades o operador deve: ( ) Verificar a marcação da topografia. ( ) Analisar a inclinação do caminhão. ( ) Verificar o tipo de solo. ( ) Carregar o elevador. 3) Para operação de pás carregadeiras é necessário saber: ( ) Acionar a máquina. ( ) Interpretar as informações do painel da máquina. ( ) Mudar marcha com a máquina desligada. ( ) Controlar a aceleração da máquina (RPM).
s e õ ç a t o n A
UNIDADE
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS UTILIZANDO A PÁ CARREGADEIRA
APRESENTAÇÃO Vamos agora conhecer as principais atividades relacionadas à terraplenagem desenvolvidas pelos operadores de pás carregadeiras. As atividades e procedimentos necessários em cada serviço de terraplenagem são importantes, pois ajudam a garantir a segurança durante a operação bem como a qualidade do serviço prestado.
A n o t a ç õ e s
OBJETIVOS São objetivos desta unidade: • Apresentar as principais atividades desenvolvidas pelos operadores de pás carregadeiras; • Mostrar algumas das etapas componentes de cada atividade.
INTRODUÇÃO Alguns serviços relacionados à terraplenagem são executados pelos operadores de pás carregadeiras utilizando esses equipamentos ou similares. Os principais serviços que utilizam as pás carregadeiras são: drenar solos, construir aterros e dar acabamento a pavimentos. Vamos conhecer um pouco mais sobre estas atividades.
DESENVOLVIMENTO As pás carregadeiras são empregadas especialmente nas seguintes atividades: • Escavação, cortes e aterros; • Nivelamento ou manutenção de rampas; • Movimentar materiais em pequena distância; • Empurrar e puxar; • Executar praças de manobras no corte e no aterro; • Espalhamento de terra ou de aterro; • Desmatamento e destocamento;
a r i e d a g e r r a C á P
• Escarificação (raspagem) de materiais de primeira e segunda categoria. 45
A seguir vamos conhecer as atividades de drenagem, aterro, acabamento em pavimentos e cravagem de estacas, auxiliadas pelas pás carregadeiras.
1. Drenar solos
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Os serviços de drenagem de solos possuem algumas etapas que devem ser realizadas com a ajuda de pás carregadeiras. Os operadores destes equipamentos devem estar preparados para: • Abrir valas para drenagem;
P á C a r r e g a d e i r a
• Identificar a necessidade de escoramento de paredes e valas; • Instalar manilhas e canaletas para drenagem; • Abrir valas para montagem de colchão drenante.
2. Executar a construção de aterros As pás carregadeiras são também empregadas na construção de aterros. Algumas atividades desenvolvidas nestas obras devem ser realizadas pelo operador de pá carregadeira, tais como: • Abrir bueiros para passagem de água; • Selecionar material para o aterro; • Transportar material (solo) para o aterro; • Espalhar o material (solo);
s e õ ç a t o n A
• Homogeneizar (misturar) o solo com máquinas e equipamentos; • Compactar solos; • Remover material em aterro.
3. Acabamento de pavimento Nos serviços de execução de pavimentos a pá carregadeira apresenta importante papel, especialmente na atividade de nivelamento do terreno e no preparo da superfície para receber o pavimento. As atividades desenvolvidas pelo operador de pá carregadeira envolvem:
A n o t a ç õ e s
• Nivelar solo conforme cota de projeto; • Homogeneizar solos para execução de camadas de pavimentação; • Raspar superfície da base; • Aplicar capa de pavimentação; • Compactar capa de pavimentação com rolo compressor.
4. Auxiliar a atividade de cravar estacas Outra atividade importante realizada com auxílio da pá carregadeira é o serviço de cravar estacas. Para auxiliar essa atividade é possível que em uma obra o operador de pá carregadeira seja solicitado a realizar e/ou acompanhar as seguintes etapas: • Montar equipamentos de cravação; • Interpretar plantas de construções; • Deslocar equipamentos de cravação (bate-estacas, estaca h, estaca l, haste raiz, estaca straus); • Descarregar materiais de fundação, sondagem e perfuração; • Selecionar materiais de fundação, sondagem e perfuração (estacas, marteletes, brocas de perfuração); • Aprumar estaca; • Soldar estacas; • Registrar o processo de cravação de estacas. a r i e d a g e r r a C á P
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CONCLUSÃO
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P á C a r r e g a d e i r a
Como pôde ser observado nesta unidade, existe um conjunto de atividades que devem ser desenvolvidas pelas pás carregadeiras em uma obra. Algumas delas são atividades diretamente associadas às pás carregadeiras (corte e aterro). Outras são atividades que a pá carregadeira ajuda a realizar (cravar estacas). O operador dessas máquinas deve estar preparado a realizar essas atividades e estudos, de forma a garantir um serviço de qualidade e realizado com segurança.
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Os serviços de drenagem de solos possuem algumas etapas que devem ser realizadas com a ajuda de pás carregadeiras. Os operadores desses equipamentos devem estar preparados para: ( ) Abrir valas para drenagem. ( ) Identificar necessidade de escoramento de paredes e valas. ( ) Instalar manilhas e canaletas para drenagem. ( ) Todas estão incorretas. 2) Nos serviços de execução de pavimentos, as atividades desenvolvidas pelo operador de pá carregadeira envolvem: ( ) Nivelar solo diferente da cota de projeto. ( ) Homogeneizar solos para execução de camadas de pavimentação. ( ) Raspar a parte subterrânea da base. ( ) Nenhuma das alternativas. 3) Os principais serviços que utilizam as pás carregadeiras são: drenar solos, construir aterros e dar acabamento em pavimentos. ( ) Certo ( ) Errado
s e õ ç a t o n A
UNIDADE
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CONCEITOS OPERACIONAIS ASSOCIADOS ÀS PÁS CARREGADEIRAS
APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns conceitos relevantes relacionados à operação de terraplenagem utilizando pás carregadeiras. Esses conceitos levarão o operador a um melhor entendimento do funcionamento do equipamento por ele operado e de sua relação com o material transportado.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
São objetivos desta unidade: • Mostrar conceitos de produtividade e eficiência; • Apresentar conceitos sobre carga e capacidade de carga.
INTRODUÇÃO Para realizar as operações de terraplenagem de forma eficiente, é necessário que o operador conheça alguns conceitos básicos relacionados a essa operação. Esses conceitos permitirão aos operadores realizarem suas atividades de forma mais eficiente e com maior segurança, permitindo um melhor aproveitamento das máquinas e dos equipamentos.
DESENVOLVIMENTO Para melhor realizar suas atividades, o operador de pás carregadeiras precisa conhecer aspectos conceituais relacionados à carga que irá transportar (terra) e às máquinas de terraplenagem que irá operar, bem como de seus equipamentos e de seus acessórios.
1. Produtividade Produtividade pode ser representada pela letra “Q” e indica o volume medido de material deslocado por unidade de tempo. A unidade utilizada é metros cúbicos por hora.
a r i e d a g e r r a C á P
1.1 Produtividade teórica ou básica (“QB”)
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É a produtividade, em metros cúbicos por hora, atingível por um período curto com o respectivo equipamento sob determinadas condições de operação e para um determinado tipo de material. Influências suscetíveis a reduzir a produtividade resultante da condição do equipamento, da organização do local da obra e das condições climáticas não devem ser levadas em consideração. A presença de um operador de competência média é necessária para o alcance de uma produtividade básica.
1.2 Produtividade real (“QA”)
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P á C a r r e g a d e i r a
É a produtividade, em metros cúbicos por hora, atingível continuamente com o respectivo equipamento sob determinadas condições de operação e para um determinado tipo de material, levando em consideração as condições de operação e todos os dados que influenciam na produtividade. São considerados fatores que influenciam na produtividade: a condição e o manuseio do equipamento, a organização do local da obra e as condições climáticas no local de operação. 1.3 Eficiência do trabalho (“fE”)
O Fator de eficiência do trabalho é a razão entre a produtividade real e a produtividade básica (teórica) e pode ser calculado por:
2. Coeficientes relacionados ao volume O volume nominal (“VR”) é a capacidade nominal do acessório (caçamba), em metros cúbicos, de acordo com sua utilização apropriada. 2.1 Coeficiente de dilatação (“fS”)
O coeficiente de dilatação é a razão entre o volume após o descarregamento pelo volume compactado ou volume após o carregamento: fs ≥ 1. 2.2 Fator de enchimento (“fF”)
O fator de enchimento é a razão entre o volume após o carregamento ou descarregamento por ciclo pelo volume nominal do acessório. 2.3 Ciclo e tempo de ciclo
s e õ ç a t o n A
Processo que é repetido um número de vezes com a mesma sequência de operações (no caso de uma escavadeira equipada com caçamba tipo enxada: enchimento, levantamento, giro, despejo, giro de retorno, abaixamento). O tempo de ciclo (“t”) é o tempo, em minutos, decorrido para executar um ciclo.
3. Carga e capacidade de pás carregadeiras 3.1 Carga Líquida Estática
É o peso real da terra que será movimentada. 3.2 Carga Bruta Estática
A n o t a ç õ e s
É a somatória de todos os pesos reais que são aplicados ao trator, incluindo os implementos e equipamentos auxiliares. 3.3 Carga Bruta Dinâmica
É a somatória da carga bruta estática e as cargas eventuais originadas pelo movimento da máquina. Ao levantar a peça, girar, frear, pode-se originar um acréscimo na Carga Bruta Estática, devido à inércia e ao movimento. Esse acréscimo poderá chegar a 50% da Carga Bruta Estática. Por isso, a aceleração, frenagem e giro devem ser o mais lento possível. 3.4 Capacidade Bruta
É a capacidade real máxima da pá carregadeira, conforme sua configuração, determinada pelo seu fabricante e constantes nas tabelas de carga do equipamento. 3.5 Capacidade Nominal
É a capacidade expressa comercialmente pelo fabricante, a qual depende de condições especiais na operação, como por exemplo, a capacidade do gancho, do carro, dos cabos e de acessórios utilizados para cargas especiais.
4. Densidade dos materiais Densidade Absoluta ou massa específica é uma característica própria de cada material, por isso é classificada como sendo uma propriedade específica. A densidade absoluta é a razão entre a massa de uma amostra e o volume ocupado por essa massa. Para medirmos a densidade de um objeto qualquer, precisamos conhecer a sua massa e seu volume, pois a densidade é a massa dividida pelo volume. Em geral, a densidade dos sólidos é maior que a dos líquidos e esta, por sua vez, é maior que a dos gases.
a r i e d a g e r r a C á P
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Os sólidos são materiais geralmente muito consistentes, o que resulta em grande quantidade de massa em um pequeno volume. A seguir temos uma tabela com a densidade de alguns materiais normalmente transportados pelas pás carregadeiras. 54 Material P á C a r r e g a d e i r a
Carbonato de cálcio
Argila
Carvão
Natural Seca Molhada Com cascalho seca Com cascalho molhada Antracita, britado Betuminoso, britado
Granito britado Xisto Escória em pedaços Cascalho
Seco Com areia empedrada Seco, de 1/2” a 2” Molhado, de 1/2” a 2”
Calcário britado Areia Arenito em pedaços Pedra britada
Seca Seca, de 1/2” a 2” Com cascalho seca Com cascalho molhada
Densidade (kg/m3)
1.250 1.600 1.480 1.660 1.420 1.540 1.100 830 1.660 1.250 1.750 1.510 1.930 1.690 2.020 1.540 1.420 1.840 1.720 2.020 1.250 1.600
CONCLUSÃO Alguns conceitos são fundamentais para a operação segura e eficiente de movimentação de terra e outros materiais utilizando pás carregadeiras. Conhecer esses conceitos pode ser o fator capaz de gerar uma operação de sucesso.
s e õ ç a t o n A
Dentre eles, podemos citar aqueles relacionados ao material transportado (terra, cascalho, areia), como sendo um dos mais importantes, por refletir a principal propriedade das pás carregadeiras, que é a de elevar e movimentar esses materiais. Dessa forma, as propriedades dos materiais que serão transportados devem ser previamente conhecidas.
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Produtividade pode ser representada pela letra “Q” e indica: ( ) O peso medido de material deslocado por unidade de tempo.
A n o t a ç õ e s
( ) O volume medido de material deslocado por unidade de peso. ( ) O tempo medido de material deslocado por unidade de carga. ( ) O volume medido de material deslocado por unidade de tempo. 2) Ciclo é um processo que é repetido um número de vezes com a mesma sequência de operações. O tempo de ciclo (“t”) é: ( ) O tempo, em horas, decorrido para executar um ciclo. ( ) O tempo, em dias, decorrido para executar um ciclo. ( ) O tempo, em minutos, decorrido para executar um ciclo. ( ) O tempo, em metros, decorrido para executar um ciclo. ( ) O tempo, em quilos, decorrido para executar um ciclo. 3) A Produtividade Real é a produtividade, em metros cúbicos por hora, atingível continuamente com o respectivo equipamento sob determinadas condições de operação e para um determinado tipo de material, levando em consideração as condições de operação e todos os dados que influenciam na produtividade. ( ) Certo ( ) Errado
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UNIDADE
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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS E OPERACIONAIS DAS PÁS CARREGADEIRAS
APRESENTAÇÃO Nesta unidade do curso, você aprenderá alguns aspectos relevantes relacionados à forma de operar as pás carregadeiras, evitando acidentes e ainda promovendo uma condução que gere redução dos custos de operação.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
São objetivos desta unidade: • Apresentar aspectos relacionados aos sistemas operacionais de pás carregadeiras; • Conhecer a configuração de cabos e o check list.
INTRODUÇÃO A maior parte das máquinas denominadas pás carregadeiras possuem um conjunto de equipamentos que garantem sua operação de forma eficiente e segura. Vamos conhecer esses equipamentos.
DESENVOLVIMENTO 1. Equipamentos padrão para operação Além dos componentes básicos que conhecemos na Unidade 3, alguns elementos são imprescindíveis para a segurança do operador, dos demais funcionários que estejam próximos e da própria pá carregadeira, dentre os quais: • Alarme de ré e buzina; • Assento anatômico regulável para o operador; • Contrapeso traseiro com ganho de tração; • Desengate automático de transmissão através do pedal de freio; • Dispositivos antivandalismo para baterias, combustível e óleo hidráulico; • Filtro de ar a seco, com elemento de segurança e ejetor de poeira;
a r i e d a g e r r a C á P
• Lanternas traseiras de freio; • Luzes de direção dianteira e traseira; • Luzes de iluminação do painel de instrumentos; • Painel: indicadores de pressão de óleo do conversor, pressão de óleo do motor, indicadores de temperatura do motor e transmissão, indicador de restrição do filtro de ar, luz de carga da bateria, horímetro;
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• Sistema hidráulico com duas funções, parada de elevação (kick-out) e nivelador de caçamba eletromagnético; • Trava de segurança da articulação; 60
P á C a r r e g a d e i r a
• Visores de verificação do nível de óleo hidráulico.
2. Componentes e equipamentos opcionais Além dos componentes básicos e dos componentes de segurança, as pás carregadeiras podem ser complementadas com outros equipamentos, chamados opcionais, que auxiliam o operador em suas tarefas. Os principais equipamentos associados às pás carregadeiras são: • Caçamba de faca triangular sem dentes; • Caçamba de faca triangular sem dentes, reforçada; • Caçamba de faca reta reforçada; • Caçamba de faca reta; • Garra para cana-de-açúcar; • Garra para madeira.
3. Posição da lâmina Antes de iniciar as atividades utilizando uma pá carregadeira, o operador precisa conhecer as diversas posições em que sua lâmina pode operar. Conhecer essa variedade de posições é imprescindível para a escolha da melhor posição para cada terreno onde o operador tenha que usar a pá carregadeira. Para terrenos com inclinação horizontal (terrenos planos), a lâmina pode ser utilizada na posição reta ou na posição inclinada. A posição reta permite empurrar a terra para frente e a posição inclinada permite empurrar a terra para o lado.
s e õ ç a t o n A
A n o t a ç õ e s
Quando o terreno não é totalmente plano ou quando se deseja escavar um dos lados, pode-se variar a posição vertical da lâmina. Quanto à inclinação vertical, a posição da lâmina pode ser plana ou inclinada. Se em seu trabalho a inclinação do terreno for muito forte (muito inclinado), é preciso começar cortes com o “embocamento”, geralmente utilizando a lâmina na posição plana e reta.
4. Dados operacionais considerando contrapesos Braço curto Braço Longo Sem Contrapeso 2 Sem contrapeso 1 contrapeso 1
Peso de operação Caçambas
–320 –550
+680 +1 100
–320 –480
Contrapeso 2
+680 +940
• Contrapeso 1 – somente pode ser utilizado em aplicações gerais, com garfos, palete e braço para movimentação de materiais para o propósito de estabilização. • Contrapeso 2 – substitui a hidroinflação (aplicação de lastro) nos pneus traseiros e nunca deve ser combinado com correntes. • Contrapeso 2 e combinações dos contrapesos 1 e 2 – somente pode ser utilizado com o propósito de estabilização em trabalhos com garfos palete e braço de movimentação de materiais em solos firmes e nivelados.
CONCLUSÃO Esta unidade do curso apresentou uma série de particularidades operacionais que devem ser observadas pelo operador de pás carregadeiras. Conhecer esses aspectos operacionais e saber definir os equipamentos corretos para as operações de movimentação de terra é papel fundamental do operador.
a r i e d a g e r r a C á P
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P á C a r r e g a d e i r a
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) Para terrenos com predomínio de inclinação horizontal (terrenos planos), a lâmina pode ser utilizada na posição reta ou na posição inclinada. A posição reta permite empurrar a terra: ( ) Para baixo. ( ) Para cima. ( ) Para a frente. ( ) Para o lado. 2)Quando o terreno não é totalmente plano ou quando se deseja escavar um dos lados, pode-se variar a posição vertical da lâmina. Quanto à inclinação vertical, a posição da lâmina pode ser: ( ) Torta ou inclinada. ( ) Plana ou inclinada. ( ) Plana ou reta. ( ) Reta ou invertida. 3)Se a inclinação do terreno for muito forte, é preciso começar cortes com o “embocamento”, geralmente utilizando a lâmina na posição plana e reta. ( ) Certo ( ) Errado
s e õ ç a t o n A
UNIDADE
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SELEÇÃO DAS CAÇAMBAS E CUIDADOS NA OPERAÇÃO
APRESENTAÇÃO O operador deve conhecer bem as alternativas de caçamba disponíveis para que saiba especificar aquela que mais se adapta ao serviço que irá realizar. Nesta unidade vamos aprender a escolher a melhor caçamba para nosso serviço.
OBJETIVOS
A n o t a ç õ e s
São objetivos desta unidade: • Conhecer particularidades das caçambas; • Aprender a selecionar a caçamba adequada ao serviço.
INTRODUÇÃO As dimensões, pesos e capacidades das caçambas são sempre aproximados e estão sujeitos a variações, principalmente se considerarmos as conversões de medida que são constantemente aplicadas para o cálculo de capacidade e volume. Essas variações devem ser consideradas normais dentro das tolerâncias de fabricação. Vamos agora aprender a especificar a caçamba mais adequada para o que queremos.
DESENVOLVIMENTO 1. Importância de selecionar a caçamba adequada A escolha da caçamba é determinada pela densidade do material e pelo fator de enchimento desta. No entanto, o volume real transportado é frequentemente maior do que a capacidade nominal da caçamba, pois em geral a terra ultrapassa o limite da borda da caçamba. A seguir são mostrados o fator de enchimento em diferentes materiais e como estes afetam o volume real da caçamba. Como exemplo, vamos escolher dois materiais: areia e cascalho. Vamos comparar o volume real e o volume da caçamba olhando na tabela a seguir.
a r i e d a g e r r a C á P
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O volume de material manipulado é frequentemente superior ao indicado na classificação ISO/SAE. Consulte a tabela de densidade de material e fator de enchimento antes da escolha da caçamba. 66
P á C a r r e g a d e i r a
Resultado: A caçamba de 3,3 m3 transporta aproximadamente 3,5 m3. Para uma estabilidade ótima é recomendável que o operador consulte sempre o diagrama para seleção de caçamba, que vamos conhecer no próximo item.
2. Procedimentos para seleção da caçamba • Determine a densidade do material a manusear, usando a tabela de Densidade dos Materiais; • Localize no gráfico a densidade encontrada na coluna do lado (sistema americano ou métrico) perto da ilustração de Seleção de caçamba do modelo correspondente; • Acompanhe a densidade ao longo da sua linha horizontal para encontrar quais caçambas podem ser usadas para aquela densidade de material.
s e õ ç a t o n A
O gráfico é orientado em termos de dimensionamento de caçambas com base na densidade dos materiais e baseia-se em condições de trabalho médias. Fatores adicionais como pneus, contrapeso, terreno, clima e opções devem ser considerados ao escolher a caçamba.
3. Preparação da área para operação • Inspecionar visualmente a área de operação do equipamento no solo, ar, água e vias de acesso; • Solicitar limpeza do local de trabalho;
• Durante a operação de movimentação de terra, o local deve estar devidamente isolado e sem a presença de pessoas não autorizadas no eixo de isolamento e movimentação; • Verificar iluminação na área de trabalho; • Avaliar a rede elétrica para evitar choque do equipamento com a mesma.
4. Medidas de segurança obrigatórias para o operador
A n o t a ç õ e s
4.1 Relacionadas à manutenção do equipamento e de peças auxiliares
• Definir e realizar a manutenção corretiva e preventiva das pás carregadeiras e de seus equipamentos, bem como, a periodicidade de manutenção dos mesmos; • Tomar as devidas providências, mediante as irregularidades do equipamento, levantadas pelo formulário de inspeção diária e/ou periódica; • Manter atualizado o cadastro e o histórico de manutenção de equipamentos de movimentação de terra; • Realizar testes periódicos em seus componentes. 4.2 Relacionadas à operação
• Utilizar o manual de operação do equipamento. • Efetuar a inspeção diária, visual e/ou funcional, antes de ligar o equipamento e ou durante o funcionamento do equipamento quando necessário, verificando os seguintes itens: - Pneus, esteiras, caçambas e braços: trincas, sinais de corrosão, fios ou elos partidos, quebrados ou trincados, amassamentos e desgastes; - Parte Elétrica: estado de conservação das botoeiras de comando, sinalização das botoeiras de comando, fios sem isolamento; - Freios (de serviço, de segurança e de estacionamento); - Travas (funcionamento correto das mesmas); - Vazamentos. • Utilizar os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) necessários para exercício da atividade, tais como: - Capacete; - Luvas; - Óculos; - Protetores Auriculares; - Botinas de Segurança com biqueira de aço.
a r i e d a g e r r a C á P
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O operador de pás carregadeiras deve comunicar imediatamente aos seus superiores quaisquer irregularidades levantadas na inspeção diária e periódica. 68
CONCLUSÃO P á C a r r e g a d e i r a
Como pôde ser visto nesta unidade, existe uma série de atividades que o operador de pás carregadeiras deve executar para garantir a segurança e a qualidade nas operações de movimentação de terra e outros materiais. Além de promover maior segurança, a escolha correta das caçambas e equipamentos pode promover redução nos custos de operação deste, gerando benefícios econômicos.
Marque com um “X” as alternativas corretas: 1) São procedimentos para seleção da caçamba adequada ao serviço utilizando o gráfico auxiliar: ( ) Determinar a densidade do material a manusear. ( ) Determinar o peso em quilos do material a manusear. ( ) Localizar no gráfico a densidade encontrada. ( ) Acompanhar a densidade ao longo da sua linha horizontal. 2) O operador de pás carregadeiras deve utilizar os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) necessários para exercício da atividade, tais como: ( ) Calculadora. ( ) Capacete. ( ) Computador. ( ) Protetores auriculares.
s e õ ç a t o n A
3) A escolha da caçamba é determinada pela densidade do material e pelo fator de enchimento desta. No entanto, o volume real transportado é sempre menor do que a capacidade nominal da caçamba. ( ) Certo ( ) Errado
UNIDADE
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CONVERSÃO DE UNIDADES
APRESENTAÇÃO Para finalizar este curso, você aprenderá algumas conversões de unidade. Como na operação de pás carregadeiras as relações de peso e volume, dentre outras, são importantes para entender o funcionamento do equipamento, conhecer tais relações é necessário e importante para que você possa exercer suas atividades de forma mais eficiente.
A n o t a ç õ e s
OBJETIVOS São objetivos desta unidade: • Apresentar aspectos relacionados aos sistemas de medida; • Mostrar as principais conversões de unidades.
INTRODUÇÃO Na movimentação de terra utilizando pás carregadeiras, exige-se o conhecimento de propriedades do material transportado, tais como peso e volume, além de aspectos relacionados à operação do equipamento, como capacidade e velocidade. Dessa forma, conhecer essas unidades, bem como as conversões que elas permitem é importante para o operador de pás carregadeiras. Esse conhecimento permite que diferentes materiais possam ser movimentados por diversos equipamentos, mesmo que nos manuais as informações sejam apresentadas em unidades de medidas distintas. Com isso, o operador poderá trabalhar garantindo segurança e eficiência.
1. Sistemas de Medida Países distintos adotam sistemas de medidas e unidades diferentes. Como as pontes rolantes são produzidas em diferentes países, e as cargas que movimentam podem ter origens distintas, conhecer as unidades e como convertê-las é importante para o operador deste equipamento. Assim, vamos agora conhecer os principais sistemas de medidas.
a r i e d a g e r r a C á P
É importante observar que existem outros sistemas de medidas, no entanto aqui serão apresentados os mais usuais. 71
Sistema Inglês
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Origem Inglaterra – idade média Locais que utilizam Paises de língua inglesa (Inglaterra e América do Norte) Comprimento Polegadas (pol) Pés (ft)
P á C a r r e g a d e i r a
Sistema Métrico
França - 1799 Europa, Ásia, América do Sul e América Central Milímetro (mm) Centímetro (cm) Metro (m)
Peso
Libra – pound (lb)
Quilômetro (km) Quilograma (kg)
Superfície
Tonelada Curta (ton) Polegada quadrada (pol2)
Tonelada (t) Metros quadrados (m2)
Volume
Pé quadrado(ft2) Galão Americano
Metro cúbico (m3)
Galão Inglês Centímetro cúbico (cm3) Libra por polegada ao qua- Quilograma/centímetro drado (PSI) - (lb/ pol 2) quadrado (kg/cm2)
Pressão
Quilograma/metro drado (kg/m2)
qua-
Tonelada/metro quadrado (t/m2)
2. Conversão de unidades de medida A tabela a seguir apresenta o fator de conversão para o comprimento. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Comprimento Unidades de medida X
s e õ ç a t o n A
in (inches, polegadas) ft (pés) km km léguas (marítimas) m yd (yards, jardas)
Fator de conversão Y
cm (centímetros) m mi (milhas terrestres) nmi (milhas náuticas) nmi (milhas náuticas) yd (yards, jardas) ft (pé)
k
2,54 0,3048 0,6214 0,5396 3,0 1,094 3,0
A tabela a seguir apresenta o fator de conversão para área. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX
Área Unidades de medida X
cm2 km2 sq ft sq in sq mi sq yd sq yd
Fator de conversão Y
sq in sq mi m2 cm2 km2 sq ft m2
k
0,1550 0,3861 0,0929 6,452 2,590 9,0 0,8361
A n o t a ç õ e s
A tabela abaixo apresenta o fator de conversão para volume. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Volume Unidades de medida X
cu ft (pés cúbicos) galões (EUA) l (litros) l (litros) l (litros) l (litros) l (litros) ft oz (onças flúidas) pints
Fator de conversão Y
k
l (litros) l (litros) cu ft (pés cúbicos) cu in (polegadas cúbicas) m3 galões (EUA) pints l (litros) l (litros)
28,32 3,785 0,03531 61,02 0,001 0,2642 2,113 0,02957 0,4732
A tabela abaixo apresenta o fator de conversão para massa e peso. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Massa e Peso Unidades de medida X
kg lb (pounds, libras) lb (pounds, libras) oz (onças) oz (onças)
Fator de conversão Y
k
lb (pounds, libras) oz (onças) kg lb (pounds, libras) g (gramas)
2,205 16,0 0,4536 0,0625 28,349527
A tabela a seguir apresenta o fator de conversão para pressão. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX
a r i e d a g e r r a C á P
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Pressão Unidades de medida X
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P á C a r r e g a d e i r a
atm atm atm bar bar inHg psi psi psi psi
Fator de conversão Y
mmHg kgf/cm2 psi atm psi atm atm bar kgf/cm2 mmHg
k
760,0 1,033 14,70 0,9869 14,50 0,03342 0,06802 0,06897 0,07027 51,7
A tabela abaixo apresenta o fator de conversão para velocidade. A conversão é realizada utilizando a seguinte fórmula: Y = kX Velocidade Unidades de medida X
Fator de conversão Y
ft/s (pés por segundo)
m/min (metros por minuto) km/h mph (milhas por hora) kt (knots, nós, milhas km/h náuticas por hora) mph (milhas por hora) km/h
k
18,29 0,6214 1,8532 1,609
3. Conversão de unidade de temperatura Para converter entre graus Celsius (centígrados) e graus Farhenheit, utilize a fórmula: C / 5 = (F - 32) / 9
em que: • C é a temperatura em graus Celsius (centígrados);
s e õ ç a t o n A
• F é a temperatura em graus Farhenheit.
CONCLUSÃO Como pôde ser visto nessa unidade, existem diferentes sistemas de unidade, bem como fatores de conversão para as mais diferentes unidades de medida. Conhecer esses fatores de conversão é importante para o operador de pás carregadeiras, uma vez que ele deve adequar o equipamento às características do material, bem como às características da operação.
A n o t a ç õ e s
1) Da relação apresentada abaixo, indique os países onde o Sistema Inglês de medidas é utilizado: ( ) Inglaterra. ( ) Brasil. ( ) EUA. ( ) Japão. 2) Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que NÃO reflete uma unidade de comprimento: ( ) Pés. ( ) Libras. ( ) Milímetro. ( ) Quilômetro. 3) Dentre as alternativas abaixo, indique aquelas que representam unidades de medida de peso: ( ) Quilograma. ( ) Libras. ( ) Polegadas. ( ) Gramas.
a r i e d a g e r r a C á P
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