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A Lições da natureza para uma sociedade mais gentil
C u Tradução
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Cyg © y F W Tuçã u Hy Bk, u ã R Hu, I. Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009. Título original T g y Capa Lu F Foto de capa Muu Hó Nu, N Yk, / © M S/ P/ LSk Preparação C A B Índice remissivo Lu M Revisão A Z C S. C D I Cgçã Puçã (cip) (Câ B L, sp, B) W, F A : Lçõ u u g / F W ; u ; uçã R Ru. — Sã Pu : C L, 2010. Tu g: T g y. Bg isbn 978-85-359-1763-5 1. E 2. E - A i. Tu. 10-10522
cdd-156.241
Í g : 1. E : Pg 156.241
[2010] T çã à editora schwarcz ltda. Ru B Pu 702 . 32 04532-002 — Sã Pu — sp T (11) 3707-3500 Fx (11) 3707-3501 ...
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Mas o que é o governo em si, senão a maior de todas as reflexões sobre a natureza humana?
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sentimentos morais, u u qu A riqueza das nações. S u u u : P g qu qu , é qu x u u qu - u qu , qu ã u.
O u fraternité , A L u ç qu u T R u qu é “ uçã u u”. M é , ã qu ã u u — — ? U x u qu uã K gu Lu . Equ uçã - , u tv ugu qu Cuçã ê ê à uçã uçõ . U g gu qu é u ã é . P u , qu qu u A A u Auu Uy. Ex qu gu , gã A u . M ug gé. O qu ó, ç, g. A , gu, u óg! Nã qu u ug u óg, u ã . E qu 12
ç . O ã “P qu ?”, u qu u , u à çõ g, Su Lu. D , ã qu ã qu , qu ã u u. A x , “ ” — qu ã é g ã insensível e torpe como se costuma apregoar —, e sobre a natura é. M u ã qu xã. M ug N O, x , gu à ó . E ug, uu gu é. M u é u u g çã qu u ç à . A ã u — . O ã u g, u ç qu qu “ã ” — u u A S — u ú . M ã ã “ê ” N O. A u u qu u é qu à u à u ú, u gg qu gué . O K xô . E u A u qu é g : u. T çã à gu, à ç , à gçã â g13
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o espírito evolcionário O g ã ç u qu u óg u. O u -u---, çã u É, , u u u ã g . E ú quã u uã gu , u u uç ã ú qu g. V g qu E. O. W u u gu 14
ç u ê çõ u. O ã , qu óg. D ã ç u g ç gu u u. S g é , ã, qu . A é qu g . T g uçõ u u, g. M qu u é . O çã , x, ã uçã. A “ ”* u é g “u gâ” G Gkk, u M Dug Wall Street , : O que interessa, senhoras e senhores, é que a “ganância” — por falta de uma palavra melhor — é boa. A ganância funciona. Ela esclarece as coisas, ela resolve e capta a essência do espírito evolucionário.
O u? P qu ã g ã g? N ê , u u é é Homo homini lupus (“O é ”), u çã qu é u é . P ã, u óg qu x çã u * N g, e-word , xã qu u à é çã u ( é g “uçã”) . (N.T.)
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, , ã gu u é . O gu â qu ã u à uç . A , óx u u , qu u g ú qu ã u u. C ê ã, uçã , ç u u . U ég qu é u . S u u , u. F qu u qu, u K, N Gg, u , u gçã “ ” qu ã g uã. O qu u qu u â, u. E óg “ u ”. P x, g qu g u gã , qu ã x qu u u ó guç? É x qu u Fó , ugu u ç uõ. D , qu qu u u ã ã ug , u, quô . Toda sociedade tem que lidar com essa atitude “primeiro eu”. Eu a observo todos os dias, bem diante dos meus olhos. E aqui não me refiro às pessoas, mas aos chimpanzés no Centro Nacional de Pesquisa Yerkes sobre Primatas, onde trabalho. Em nossa estação de campo próxima a Atlanta, os chimpanzés vivem em grandes 17
cercados ao ar livre. Às vezes lhes damos alimentos que podem ser repartidos, como melancias. Quase todos os chimpanzés querem ser os primeiros a apanhar o alimento, pois isso, uma vez garantido, é muito raro que os outros o tirem de suas mãos. O direito à posse é realmente respeitado, a ponto de até mesmo o macho dominante permitir à fêmea da mais baixa posição hierárquica manter o alimento do qual se apoderou. Os animais que estão de posse da comida geralmente são abordados pelos outros, que pedem um pedaço estendendo a mão (com o mesmo gesto universal com que os humanos pedem esmola). Eles imploram e choramingam, lamuriando-se diante do outro. Se o dono do alimento não entrega os pontos, os pedintes às vezes perdem as estribeiras, gritando e rolando no chão como se o mundo estivesse prestes a acabar. O importante aqui é que tanto o direito à posse quanto o compartilhamento da comida são observados. No final, quase sempre em menos de vinte minutos, todos os chimpanzés do grupo terão recebido algum alimento. Os que haviam se apoderado do alimento o repartem com seus melhores amigos e a família deles, que por sua vez também a dividem com os melhores amigos e suas famílias. É uma cena bastante pacífica, embora uma certa dose de conflito pelas posições na hierarquia também este ja presente. Ainda me recordo de um cinegrafista que, depois de filmar uma dessas sessões, virou-se para mim, dizendo: “Eu devia mostrar esse filme aos meus filhos. Eles aprenderiam alguma coisa com isso”. Por isso, não acredite em ninguém que saia por aí Os chimpanzés imploram por uma porção do alimento com o mesmo gesto, tíafirmando que uma vez que pico da nossa espécie, de estender a mão a natureza se baseia numa com a palma virada para cima. 18
luta pela vida, só resta a nós, os humanos, viver dessa maneira. Muitos animais sobrevivem cooperando e compartilhando os recursos, e não aniquilando-se uns aos outros ou conservando tudo para si mesmos. Isso se aplica mais claramente aos animais que caçam em bando, como os lobos e as orcas, mas também aos nossos parentes mais próximos, os primatas. Um estudo desenvolvido no Parque Nacional de Taï, na Costa do Marfim, constatou que os chimpanzés cuidavam dos companheiros feridos por leopardos: lambiam o sangue, removiam cuidadosamente a sujeira e impediam as moscas de chegar perto das feridas. Eles faziam a proteção dos companheiros machucados e se deslocavam mais devagar quando estes tinham dificuldade para acompanhá-los. Isso faz sentido, uma vez que existem razões para que os chimpanzés vivam em grupo, do mesmo modo como existem razões para que os lobos e os humanos vivam em grupo. Se o homem é o lobo do homem, isso é verdadeiro em todos os sentidos, e não apenas no sentido negativo. Não seríamos o que somos hoje se nossos ancestrais ti vessem vivido isolados uns dos outros. O qu é u uçã u u u. Mu u u u qu ug x u, qu ã u çã. C g, g u óg u, ã - , qu u qu . J uqu u g . O, çã , u ã çã.
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